“CORREDOR DA MORTE!”
Não quero e não vou entrar no mérito dos países que optam por matar seus criminosos, outrossim, acredito que seres civilizados, educados, sensíveis, tem, precisam dar o exemplo e por maior que seja o prejuizo que tenha sofrido a sociedade, tem que haver outra solução e à exemplo de bois, cabras, galinhas, etc., executarem aqueles homens, é como varrer a sujeira para debaixo do tapete!
Contudo, pela imagem macabra, tétrica mesmo que deixa escapar aqueles “aposentos”, um local cuja finalidade é basicamente a mesma e poucos sobreviveram eu ainda o vejo, todos os dias!
Conheço o local, hoje somente de vista, desde sua fundação, há mais de 35 anos atrás!
Ná época começou um punhado de barracos de madeiras, se juntando se juntando e finalmente, formou-se o que nós chamáva-mos “orgulhosamente” de favela, e hoje, se chama “comunidade”.
Ora comunidade, não passa do sinônimo requintado do termo, assim como o termo paralítico mudou para “cadeirante” e cego para “deficiente visual!”, mudaram-se os nomes, mas, as desgraças continuam as mesmas!
Na verdade, a rua principal da comunidade!
Começa na avenida e vai dar numa rua perpendicular a própria avenida e eu também não vou entrar em detalhes sobre geometria analítica e muito menos aritimética é só para me basear!
Muitos que passaram por aquele corredor, não existem mais!
E infelizmente, não tiveram uma “boa morte!”
Uma “boa morte”, eu quero dizer uma morte natural, senão natural pelo menos fulminante em consequencia de um ataque cardíaco, um avc, etc. ao invés disso, morreram “assassinados!”
É verdade, é verdade, entrei e saí por aquele corredor e se sobrevivi, comos muitos comemorariam, não foi por eu ser melhor que ninguém, mas, por meu carma ser maior e eu precisar de mais tempo, para “pagar os meus pecados”, aqui na Terra, talvez, por isso tenha sobrevivido!
Vi muitas coisas horríveis ali!
Mortes, agressões físicas, bebedeiras, “overdoses”, choros, gritos, tiros, prisões, amigos presos, amigos mortos e eu saí pela outra rua perpendicular que vai dar lá na outra via... e afoito, resolvi contar parte do segredo daquele “corredor”, comumente conhecido como a entrada da comunidade!
Por isso, vez ou outra ao adormecer, me vem a mente, aquela obra do compositor popular: “só eu sei as esquinas porque andei, só eu sei!”