Quem Tem Medo Da Justiça?
Quando criança, e na adolescência, confesso que não tinha medo da Justiça.
A Justiça dos Homens não me interessava, muito menos me preocupava. Não havia porquê eu temer essa Justiça porque morria de medo da Justiça de Casa.
Sim! A Justiça do chinelo da minha Mãe, mais ainda dos castigos do meu Pai.
Tínhamos regras, quase leis, que eram obedecidas à risca. Não tinha nada disso de fazer acordo ou responder com desdém, nem em voz baixa porque os meus Pais ouviam tudo, até os nossos pensamentos. Tínhamos que andar na linha mesmo se tivesse um trem vindo em nossa direção.
Havia as obrigações e o toque de recolher para os meninos, e principalmente para mim.
Triste sina de ser filha única e ter mais obrigações só por ser menina e ainda por cima, toque de recolher até os dezoito anos de idade, mas só para os meninos porque para mim foi até os vinte, mesmo trabalhando fora. Como foi difícil arranjar namorado assim.
Se fosse hoje, com certeza os meus Pais receberiam visitinhas do Conselho Tutelar e um dos filhos estaria em um abrigo devido a denúncia de alguma boa vizinha bem intencionada que viu um dos filhos levar umas boas palmadas na bunda porque roubou uma fruta do quintal do vizinho ou ficou de castigo porque cabulou aula.
Como os tempos mudaram ... e os Pais também.
Quando criança, e na adolescência, confesso que não tinha medo da Justiça.
A Justiça dos Homens não me interessava, muito menos me preocupava. Não havia porquê eu temer essa Justiça porque morria de medo da Justiça de Casa.
Sim! A Justiça do chinelo da minha Mãe, mais ainda dos castigos do meu Pai.
Tínhamos regras, quase leis, que eram obedecidas à risca. Não tinha nada disso de fazer acordo ou responder com desdém, nem em voz baixa porque os meus Pais ouviam tudo, até os nossos pensamentos. Tínhamos que andar na linha mesmo se tivesse um trem vindo em nossa direção.
Havia as obrigações e o toque de recolher para os meninos, e principalmente para mim.
Triste sina de ser filha única e ter mais obrigações só por ser menina e ainda por cima, toque de recolher até os dezoito anos de idade, mas só para os meninos porque para mim foi até os vinte, mesmo trabalhando fora. Como foi difícil arranjar namorado assim.
Se fosse hoje, com certeza os meus Pais receberiam visitinhas do Conselho Tutelar e um dos filhos estaria em um abrigo devido a denúncia de alguma boa vizinha bem intencionada que viu um dos filhos levar umas boas palmadas na bunda porque roubou uma fruta do quintal do vizinho ou ficou de castigo porque cabulou aula.
Como os tempos mudaram ... e os Pais também.