Do meio dia a meia noite
Do meio dia, a meia noite
Estamos sujeito às mudanças, esta ideia a mim conforta, e me enche de esperança, de ver; de sentir; e de pensar diferente de outrora. Hoje, vejo o quanto fui ridículo e vil. Quando retrocedo as imagens arquivadas na minha memória. Não sou mais antropófago, nem cultuo o Sol e nem a Lua. Como fazíamos, em um passado distante.
Na minha percepção, só há uma verdade absoluta entre nós! As demais são todas relativas, entre elas a ideia, da evolução. As mesmas dependem dos nossos olhares. Não comungo com o pensamento de que as coisas, já vêm prontas e acabas, se assim o fosse, onde estaria o mérito da inteligência Suprema? Não é pecado vê nesta direção.
Milhões, ou bilhões de anos, já se passaram, outros tantos ainda poderão passar. Constroem-se templos; reformam-se templos; gastam-se fortunas em adornos interiores e fachadas, pra nada! O progresso humano é lento. Por quê? Ainda não entendemos que: O nosso verdadeiro templo está dentro de nós mesmo, ou seja: Está no coração!
Enquanto perdurar esta falácia, nada vai mudar na face terra. É por conta destas considerações que eu trabalho irmanados, do meio dia a meia noite! Pra ficar justo e perfeito! Não supervalorizo os templos materiais, embora os considere necessário para o agrupamento e partilha. Aparte eu construo masmorras, pra enclausurar os meus vícios. E nem por isso me considero melhor de que ninguém.
Maranguape, 04 de fevereiro de 2017.
Voltaire Brasil