E POR FALAR EM VIDENTES ENGANADORES !

Não quero aqui ser sensacionalista, nem desmancha prazer e nem jogar areia no brinquedo dos outros.

Se essas pessoas ganham dinheiro ludibriando pessoas, é porque existem pessoas que adoram ser ludibriadas em se tratando dos casos de médiuns e videntes enganadores de pessoas através da pseuda previsões futurísticas. Sobre quem viu ou quem não viu ou casos e relatos mais absurdos possíveis.

Quem quiser continuar alimentando suas ilusões com joguinhos de cartas, buzios, tarôs, ciganas que juram ler mãos, bolas de cristais e horóscopos, paciência. Não sou a palmatória do mundo. Mas afirmo que só é otário quem quer. Aproveita e vá para o centro da cidade jogar aquele joguinho manjado das três forminhas de bolo e uma bolinha para você advinhar em qual das forminhas ele está.

Por isso, é que tem muita gente por aí, apostando na falta de inteligência desespero e desatenção da maioria das pessoas, mas, é bom lembrar uma velha máxima de que todo mal do sabido é pensar que não é enganado.

Pensando ele assim, estar ludibriando a mente das pessoas, mas na realidade ele mesmo está inoculando o seu próprio veneno no organismo. Que tal lhes parecem?

Bem, falando em enganação, a minha avó contou uma vez lá pelo fim da década de 60 no tempo em que eu era menino, que uma senhora de nome Judite muito mais velha que ela na época, se passava por vidente. Sabia da vida de todo mundo, o que já acontecera com aquela pessoa ou o que ia acontecer ainda. Ela encantava a todos por ser simpática, calma, mas tinha esse defeito. Enrolava as pessoas.

Dona Judite tinha uma boa legião de clientes, mas enganava a todos eles sabem como?

Ela já tinha toda parafernália armada: Tinha um pequeno amplificador com caixas acústicas, um toca discos de 33 e 45 rotações, e até discos de efeitos sonoros usados por sonoplastas de rádios ela possuía. Tudo para manter aceso, o seu espetáculo, a sua encenação do cotidiano, apresentando sons misteriosos e figuras móveis atrás de uma cortina cor de violeta. E cada vez mais a clientela aumentava e ela se agradava muito disso.

Mas, certa feita chegou um senhor considerado por todos um desconhecido. Então seus dois assistentes sonoplastas no caso desta senhora Judite, perguntaram para este senhor quem indicara aquela vidente. E ele respondeu “vi o anuncio no jornal". E todos se conformaram com a resposta dele.

Então, o cidadão relatou para a Dona Judite que há muito tempo ele perdeu contato com uma velha amiga vidente que sempre conectava ele com a sua mãe já falecida há muitos anos e ele queria saber se hoje seria possível ela realizar esta tarefa para ele.

Naturalmente a vidente festejou por dentro de felicidade. Porque seus discos de efeitos sonoros poderiam ter sons semelhantes a vozes do além ou simplesmente era só colocar a rotação bem lenta.

Então começa a sessão. Era uma noite chuvosa e relampejava um pouco. Cinco pessoas sentam-se diante da mesa redonda. Dos cinco, três eram também assistentes da vidente e mais dois assistentes atrás da cortina dando uma de sonoplastas fajutos com a mão no disco 45 rpm e a outra mão no braço do toca discos.

Nesse momento, um forte trovão se abate sobre a casa acompanhada antes de um raio, cujo mesmo deixou a casa e a vizinhança sem energia elétrica.

Aí a sessão teria que ser cancelada. E agora que o cliente já pagou antecipado?

Mas a Dona Judite tem a solução imediata; "Temos velas aí na gaveta do armário da cozinha". Então se acendem as velas e começa de verdade a sessão. Ela começou a rezar, falando em línguas estranhas, evocou os espíritos dela, começou a falar grosso, bater na mesa, assanhar o cabelo, tudo enrolação.

Mas eis que de repente, ouviu-se um estalo bem forte, e a vidente começou a flutuar na horizontal de olhos fechado, subindo lentamente de barriga para cima parecia estar em transe. Mas como? Se não havia energia elétrica? Eis que todos paralisados sem poderem se mover ou sair do lugar, mas assistindo a tudo apavorados, e vêem a cortina exibir uma forma de um rosto gigante com uma boca bem aberta com uma forma bastante tétrica.

Aquele senhor que havia solicitado o serviço de Dona Judite a vidente, desapareceu deixando uma fumaça amarelada com um forte cheiro de enxofre sem sair pela porta ou janela.

Todos que estavam ali ouviam milhares de vozes, cada uma mais horrenda que a outra, clamores e pedidos de socorro. Mas não se via ninguém. Podia-se ouvir até gritos de bebês recém nascidos.

As chamas das velas dançavam sincronizadas como que treinadas enquanto aquela senhora flutuando até o teto de barriga para cima, com seus olhos fechados sem saber de nada ou sentir coisa alguma.

De repente, ela despenca de uma altura de 3 metros do teto para o chão, sem que se pudesse fazer algo por ela.

Os demais que estavam sentados à mesa, sendo que dois eram também assistentes desta senhora. Mas mesmo assim, receberam fortes descargas elétricas e queimaram as mãos que ficaram marcadas para sempre.

Posso lhes assegurar que não fora relâmpago nenhum que causou aquilo e nem a forma tétrica que se movia na cortina.

Foram coisas do sobrenatural. E quanto a dona Judite a vidente, depois do susto, ela resolveu se aposentar daquela maneira desonesta de ganhar dinheiro dos trouxas e procurou viver uma nova vida e querida por todos e dois anos depois, converteu-se para cristã e anos mais tarde depois de morta, descobriu-se que ela deixou um livro com suas memórias que nunca foi editado e nem foi publicado.

E quanto aos assistentes, esse aí, ninguém nunca mais ouviu falar deles, nem sabemos se são vivos ou mortos.

Apesar de na época eles eram muitos anos mais jovens que aquela senhora, uns vinte anos por aí. Eram assim com idade de filhos. E esse fato se deu em Feira de Santana - Bahia nos idos de 68.

Então amigos, esse fato foi verídico, como se diz popularmente “O tiro que saiu pela culatra".

Nem todo fenômeno sobrenatural vem de Deus. Nem todo pula pula, quebra cadeira, bate cabeça no teto, cair no chão, bater a cabeça no chão, falar embolado é de Deus!

É preciso termos discernimento, ou seja; Saber o que é do bem ou o que é do mal.

Uma encenação não desmascarada vira realidade na cabeça dos incautos.

É bem por aí. Um dia a casa cai!

JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

jjsound45@gmail.com

jjsound51@r7.com

José Joaquim Santos Silva
Enviado por José Joaquim Santos Silva em 04/02/2017
Código do texto: T5902809
Classificação de conteúdo: seguro