Eike, o Empreendedor.
Diante das repercussões nacional e internacional sobre a prisão de Eike Batista, o homem que já figurou como um dos mais ricos do mundo, veio-me a lembrança de que já havia lido um de seus livros: “Eike Batista o X da Questão”. Entre os muitos capítulos entusiastas, há aquele que, para hoje, pode ser um paradoxo: “A Cartilha da Ética”. Dizer uma coisa e fazer outra não nos parece ser ético. Entretanto, como ele acaba de dizer que “está disposto a colaborar com a justiça”, dando a entender que pode estar sendo injustiçado, agora só nos resta ver para crer.
Se inocente, quem pagaria esse dano moral?
Imagine um homem com todo conforte, possuidor de mansões, carrões de luxo, iates, aviões e, quando em avião de carreira, sempre em classe executiva, ter de ficar numa cela coletiva, sem bacia sanitária, utilizando-se daquele “buraco sem descarga” para suas necessidades fisiológicas. Um baque de deixar qualquer um arrasado. De bilionário a paupérrimo, um pobre miserável, pois, o mais simples cidadão, hoje, tem direito ao menos a uma bacia sanitária, depois que o penico se tornou obsoleto.
Na minha modesta visão, acho que ainda dá para ser um grande empreender sem abandonar a ética. Não precisa atropelar ninguém para ser um vencedor.