O JOGO DA VIDA

Estamos em uma terra em que, não raramente, nos deparamos com a desigualdade social, econômica e educacional. Há diferenças eminentes que nos distanciam uns dos outros. Também assim podemos nos atrever, vivendo desconfiados das pessoas, pois diante de tudo que assistimos, podemos permanecer extasiados, esquadrinhando as portas para encontrar a saída a um caminho de esperança, de alegria e de sinergia entre os seres. Vale dizer que, irrefutavelmente, há em nós sentimentos conflitantes, isto porque estamos a todo o tempo nos contrastando com o nosso ser interior, pois a realidade externa humana é por vezes maliciosa e requer de nós experiências diversas para podermos nos superar, para desenvolver, no jogo da vida, a força e sabedoria necessárias para nos perfazer perante as ideias e aos grupos sociais em que coexistimos e atuamos. É preciso sair da monotonia e escolhemos ser quem somos. É inconcusso ser objeto dos outros ou apenas sermos peças para quebra cabeças de outras vidas se não a nossa mesma, para encontrar o nosso desfecho. Escrever nas linhas de nossa história o nosso protagonismo é imprescindível para auxiliar as pessoas a viverem melhor. Relembremos o que diz o imortal escritor, Paulo Coelho, que nos diz: “imagine uma nova história para sua vida e acredite nela”.

Com toda a premissa anterior vale pensar que vivemos apenas um único sopro vital sem prorrogação, que estamos aqui para cumprir uma missão, para podermos evoluir e podermos inspirar outras pessoas a serem melhores também. Não há o que titubear, pois ontem fomos bebê e depois crianças. Hoje somos jovens, adultos e amanhã idosos no físico, todavia é relevante mantermo-nos sempre jovens na atitude. O filósofo e escritor, Mário Sérgio Cortella nos ensina que “idoso é quem tem bastante idade, velho é o que acha que já sabe, que já está pronto. Velho é arrogante. Idosa é uma pessoa de sessenta anos, sessenta e cinco, setenta; velho você pode ser aos quinze anos de idade, aos vinte, trinta, quarenta, cinquenta, sessenta”. Velho não tem humildade, não aprende; perece, porque é incapaz de acompanhar a mudança. É bastante significante, quando podemos refletir isso e transmitir essa ideia, daqui a alguns dias a todos que neste exato momento estão vendo a luz pela primeira vez. Somos dia a dia levados por nossa família, amigos, professores escolares, ídolos artísticos, contudo podemos nos esquecer de quem somos de verdade e de que não estamos neste planeta apenas para repousar e para saciarmo-nos com toda e qualquer comida. Nossa vida tem valor incalculável! É preciso tirar os pés do marasmo e procurar o próprio espaço! Bem, se ainda não sabemos qual é o caminho, é hora então de ajuizarmo-nos, pois só assim, desejando de forma intensa poderemos nos encontrar. Nascemos com a missão de sermos felizes, mas também de fazermos outros também bem-aventurados! Isso pode se dar com o nosso jeito, com o nosso exemplo, com a nossa força, com nossos valores que propagamos com nossas ações e legados diários.

De outro modo, quando nos encontramos e sabemos aonde queremos chegar, podemos levar muitos conosco. O nosso ser interior precisa se alinhar com nosso ser exterior. Há muitos que querem seguir a mesma passagem, que se sentem tocados e querem nos auxiliar a potencializar esse firmamento, a transformar o universo que se apresenta a nós de forma constante. Não raramente, não nos conscientizamos dessa ideia de que cada novo segmento, de que cada estrada é um novo mecanismo que temos. Tudo isso deve ser tratado com todo o cuidado para podermos nos inserir nele com energia imperativa e podermos tirar o melhor proveito do que está sendo construído, do que está sendo tratado e mobilizado. Johan Goethe, escritor e estadista alemão, participa-nos que “o gênio, esse poder que deslumbra os olhos humanos, não é outra coisa senão a perseverança bem disfarçada”. Para descobrir essa via de acesso é necessária uma compassiva sensibilização para absorver do cosmos o melhor de nós mesmos e da vida que desenvolvemos. Trata-se de querer um pouco mais de tudo. De não se acomodar perante a primeira batalha, de não se desmotivar perante as primeiras intempéries.

Portanto cabe a cada um, ser mais do que é, não se contentar com migalhas que lhes jogam; não viver se crendo inferior perante os outros, pois mesmo com diferenças sociais diversas, somos humanos, concebidos pela mesma divindade. A grandeza de forma clarividente se descobre na pequenez da humildade. O escritor, Miguel de Cervantes, nos ensina que “a perseverança é a mãe da boa sorte”. O segredo da felicidade está em nós - nesse caminhar constante, nessa ideia de não desistirmos nos últimos minutos do primeiro tempo. É maravilhoso podermos recomeçar; olhar para o alto e saber que podemos fazer muito mais e melhor, pois ainda não chegou o final, não é o fim do jogo! Esta é a hora da virada!

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 29/01/2017
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