A Cadeira Imaginária
E a Academia Brasileira de Letras resolve criar a Cadeira Invisível, para homenagear escritores injustiçados. E a proponente da iniciativa é justamente a presidente da instituição. Nessa singela, mas significante iniciativa, a oportunidade de se fazer reparo a tanto nome desprezado no passado, presente e futuro.
E o primeiro nome suscitado é o de Júlia Lopes, co-fundadora da ABL, mas preterida por outro nome, logo o do marido...que passou até a ganhar dos confrade de então o título de acadêmico-consorte..., por ter menor expressão literária que a mulher...
E a mulher somente teve acesso a esse antro de misoginia em 1977, com a eleição de Raquel de Queiroz. Há exatos - e chatos? - quarenta anos.
Lima Barreto e Clarice Lispector forma outro par de iluminados que surgem no radar reparador...E quantos mais não houve, há e haverá...Mas a rigidez das normas de Ali Babá da ABL, terá força para barrar algum dia a entrada de Michel?