A Festa da Água
Um dia inteiro no Parque Aquático equivale a tempo indeterminado no mundo real. É infinito com luz e brilho e, acima de tudo, com gente. A música da água que bate, bate e bate, dá o tom do momento.
Não falta gente bonita que quer apenas viver, existir. Mães e pais cuidadosos assim como jovens de todas as idade e crianças estão apenas à procura de alegria, de alma lavada, sem nada pensar, sem nada fazer a não ser se entregar ao luxo da riqueza do sol, seguindo o ritmo do coração.
Crianças vão, crianças vêm, Letícia no meio delas. Chegam, saem , sobem , descem, riem muito e, ás vezes, até choram enquanto esperam uma mamadeira ou porque, como Alice, não querem sair da água que se renova constantemente ou cai aos borbotões.
Roupas voam, bolsas carregam protetor solar, boias atravessam túneis. A presença infantil é a estrela que disputa beleza e energia com a água cantante e cascatante, sem forma, mas bem formada no canecão de mais de mil litros que despencam sempre surpreendentes exatamente onde levas de pessoas se agrupam à espera da queda, com gritos e um riso só, uma gargalhada só, acompanhada pela frenética cascata que que abraça, que beija, que massageia, que encanta, que surpreende, mesmo que seja aguardada.
Enquanto isso, piscinas borbulham com as pessoas coloridas que dançam, que cantam, que se movimentam harmoniosamente, seguindo o comando do maestro animador que comanda a música ensolarada que enche o ar de harmonia e de prazer de viver, com muita graça
e culmina com o destaque de Letícia no palco.
O Pôr do Sol chega com pesar. O dia promete recomeçar e tudo se repetirá. Na entrada, o casal esguio de nobres sapos gigantes, o mesmo que dá boas vindas, deseja retorno, mas é hora de despedida. Toalhas agasalham crianças de todas as idades, muito aconchego, colo repousante, mas o sorriso não ficou lá. Acompanha cada visitante que tem muita história para contar, com a satisfação de estar onde está e de ser o que é.