PEÕES MORREM POR CAUSA DA TEIMOSIA !!!

A TEIMOSIA DO PEÃO

Por: JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

Meus amigos, quero dedicar esta crônica a turma batalhadora chamada de operários da construção civil e canteiro de obras, vulgarmente conhecidos como "peões".

Haja vista em que A construção civil é um dos setores mais importantes da economia brasileira, demandando muita mão de obra.

Com tantas pessoas envolvidas, os acidentes de trabalho também apresentam números significativos, mesmo quando todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) são utilizados adequadamente.

Alguns fatores potencializam a incidência de acidentes nas obras, como a falta de qualificação profissional, teimosia, ausência de treinamento adequado, trabalho sob condições climáticas desfavoráveis, descumprimento das normas de segurança, ausência de EPIs, entre outros.

Mas, mesmo assim eu ainda pergunto, o que há de errado com essa turma? Simples, o peão em si, muitas vezes em sua maioria, dão muito trabalho para seus respectivos encarregados, colocando-os em verdadeiras saias justas e lhes passando uma pseuda imagem de negligentes com sua turma, mas não é assim.

Conheço muito encarregado que já perdeu emprego por causa de atitudes erradas, teimosas e impensadas da sua equipe, no caso os operários ou popularmente "peões".

O peão em si, é uma pessoa boa, prestativa, alegre, beberrão e barulhento.

Mas quando se trata de utilizar equipamentos EPIs para garantir a sua integridade física e principalmente a sua vida que não tem preço, eles não utilizam, relutam, e colocam não só os encarregados em má situação, assim também como a construtora principalmemte.

Não devemos esquecer, que quando aconteçe a zebra, aparece logo algum carro de som, fazendo a maior zoeira, alguém que se diz ser do sindicato da classe operária, fazendo mobilizações e paralizações sem saber realmente o porque do acidente, seus motivos e o teor de responsabilidade, ou se o operário criou a sua condição insegura de trabalho mesmo sendo advertido dezenas de vêzes pelos seus superiores.

O negócio é o seguinte, imaginem 7.30 da manhã, está lá no patio da obra, dezenas de operários reunidos aguardando o encarregado da obra, até que ele chega, cumprimenta todo mundo alegremente, todos dão as mãos e oram antes de iniciar os trabalhos.

Após a oração, o encarregado faz as perguntas de praxe: "Atenção galera, como estamos de EPIs, a resposta em coro é imediata.

Beeem ! Vamos lá. Capacetes, siiim. Botas, siiim. Luvas, siiim. Óculos protetor. Siiim. Protetores auriculares. Siiim. Cintos. Siiim.

E ele vê realmente todo mundo municiado com seus EPIs. Mas, ledo engano.

Basta o encarregado dar as costas, e a peãozada começa a se espalhar. Sandálias e tênis nos pés ao invés de botas adequadas ao trabalho, nada de luvas nas mâos, nada de óculos de proteção para seus olhos e nem sequer protetores auricurales para proteção dos ouvidos.

E o pior é o capacete que não pode jamais deixar de ser usado.

Mas é claro que não são todos que agem assim de maneira rude, mas uma boa parte, que vive subestimando o perigo, achando que nunca vai acontecer com eles. Mas depois que acontece, aí vem de novo aquele chato e ruidoso carro de som, mobilizações, paralizações e acusações vazias e improcedentes contra a construtora.

Lembro-me do ano de 2011, quando aconteceu na Pituba bairro nobre de Salvador, um terrível acidente que matou 9 operarios da construção civil.

Quando um elevador de serviço, daqueles rústicos feitos na parte externa para transportar operários ou pequenos materiais sabem?

Só sei dizer, que houve excesso de peso e o cabo de aço rompeu-se no 15º andar e veio em queda livre.

Quero dizer, que há quem diga, que além dos 9 operários que estavam no elevador improvisado, havia também mais seis sacos de cimento. Sabemos que cada saco de cimento pesa 50 kilos não é? E agora? De quem foi a culpa?

Amigos, quero deixar bem claro, que essa turminha bastante trabalhadeira e prestativa tem um péssimo defeito. Sabem qual é?

Subestimar o perigo, quando se diz, "rapaz, essa máquina é comedora de dedos, pôe a luva".

Mas a resposta imediata é essa. "Que nada, é rapidinho, não vai demorar nada, só vou ligar e desligar ela".

Pronto: Bastam apenas alguns segundinhos para a tragédia acontecer. Dança dedo, mão, e as vêzes se a máquina tiver uma serra altamente veloz, pode dançar até um braço mas o cara foi sugestionado minutos antes lembram-se? "Põe a luva." Mas o operário

não colocou-a, ele mesmo se prejudicou, ele mesmo se lesionou. Falta de aviso é que não foi.

Existem muitos peões, que se aventuram andar de tênis ou sandálias sobre tábuas de pregos com as pontas voltadas para cima, ou pontas de vergalhões. E vocês acham que o encarregado ou contra mestre não advertiu para o uso das botas? É claro que sim. Mas

essa turminha aí é meia durinha de cabeça e gostam de fazer tudo a moda deles. Pelo menos uma grande parte, e ainda chama de

pelego o encarregado que cola neles. É para evitar que acidentes de todas as modalidades aconteçam aconteçam. Andaimes mal

escorados, mal calçados, muitos desses já tombaram com operários sobre eles, por causa da teimosia operária e sem noção.

Outra coisa que nenhum peão gosta de comentar e até mentem, é o alcoolismo lá entre eles.

Todo mundo sabe que alcoolismo em canteiro de obra, é um perigo iminente.

Esse mereçe destaque porque é o pior de todos porque o alcoolismo é quem gera todos os tipos de acidentes que se possa

imaginar dentro de canteiros de obra ou na construção civil.

E já virou até piadinha de mau gosto "Peão de obra que não bebe, tem algum problema". Imaginem até que ponto isto chegou!

Vocês acham que o encarregado vai sair cheirando boca por boca de peão até encontrar algum alcoolizado? Claro que não, não

pode e não deve.

Além da questão da segurança, o alcoolismo representa diminuição da produtividade, aumento de acidentes e da qualidade das

edificações, coisa que os malucos sindicalistas dos carros de som na hora de fazer bagunça, não falam nos seus microfones.

O uso do álcool em qualquer atividade, é um hábito que pode virar doença, resultando em baixa produtividade, má qualidade do

trabalho executado, faltas e atrasos ao serviço, discussões e brigas. Todos estes fatores podem ser indicativos do uso de álcool no

trabalho. Como toda doença, o alcoolismo deve ser tratado o quanto antes, em especial na construção civil que é repleta de

situações de risco, até mesmo para quem está sóbrio, (vide as alturas). Você imagine então alguém que está “com umas a mais” na

cuca.

Aliás, é importante lembrar que uma única dose de bebida destilada é o suficiente para deixar a pessoa alterada e fogosa.

Mesmo que ela não perceba os efeitos, já pode ser considerada incapacitada para as atividades até para manipular uma caneta,

pois está muito mais sujeita a provocar ou sofrer acidentes de trabalho.

Existem outros fatores que geram muitos acidentes na construção civil, como por exemplo:

Desorganização, brincadeirinhas durante o serviço, ferramentas improvisadas, quedas de materiais, a falta de uso de EPIs

principalmente botas e capacetes.

Então meus amigos, saibam que existem outros fatores complementares que certamente potencializam a incidência de acidentes

nas obras, como a falta de qualificação profissional também, ausência de treinamento adequado, trabalho sob condições climáticas

desfavoráveis, descumprimento das normas de segurança, ausência e resistência ao uso EPIs, entre outros.

Seria bom que não só na construção civil, assim também em outras atividades, nos melhorassemos, para a gente não virar

estatística.

Disse um dia, o saudoso Edmundo de Carvalho o "papá"apresentador do programa sociedade contra o crime da Radio Sociedade

da Bahia;

"Se você não quer virar notícia, não deixe que os fatos aconteçam".

JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

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José Joaquim Santos Silva
Enviado por José Joaquim Santos Silva em 25/01/2017
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