PENSAMENTOS NAVEGANTES
Em que você está pensando agora? No sucesso ou na derrota, na alegria ou na tristeza? Há relatos contundentes e pesquisas científicas que nos afirmam que a vida depende do que pensamos. Quando nos damos contas disso, com uma dose certa de sensatez, podemos nos assombrar, pois há um turbilhão de imagens que navegam em nossos pensamentos. E de vez em quando ficamos “viajando na imaginação”. Especialistas nos afirmam que o ser humano é formado dia após dia. Mário Sérgio Cortella, filósofo e educador, nos afirma “que não nascemos prontos, vamos nos fazendo, a todo instante e, que neste exato momento somos a versão mais atualizada de nós mesmos”. Que não somos como coisas que nascem prontas e vão se desgastando com o tempo. Vale dizer que a mente humana é insondável. Podemos nos deparar com pessoas e ideias diversas, com povos de culturas dessemelhantes. Por outro lado é admirável quando percebermos essas diferenças de hábitos, de ethos e de tradições. Algumas coisas que parecem ser muito definidas para nós, como uma verdade quase que irretocável, às vezes, quando visitamos outras terras, quando conhecemos outros modos de viver, somos contrastados pelas crenças, pelas formas de se interagirem, pelas regras diversas da cultura ocidental e da oriental.
Desse modo, não raramente, ansiamos em saber como certas pessoas demonstram inteligências e capacidades infindas. Ou então continuamos sem apreender como existem tantas divergências e perversidades contra a natureza e contra a humanidade. Cada cabeça, uma sentença! Cada família, uma história! Toda sociedade vivencia potencialidades ou dificuldades que transformam essas realidades e a faz pensar e agir de maneiras distintas, segundo o contexto social. Ressalta-se que a criatura humana é também permissiva, criadora de um requintado universo de atração. Não é à toa que grupos religiosos orientam aos seus fiéis a praticarem a paz, a apetecerem o bem ao próximo! Indubitavelmente, se intencionamos algo, logo o arrebatarmos para nós! É como dizem por aí, somos como um bumerangue – o que pensamos aos outros, atraímos também a nós! Então logicamente, pensar bem, faz bem! Quem pensa o mal, o atrai e consequentemente pode fazê-lo! Muito curioso é como pessoas chegam aos cem anos de idade e outras nem tanto. A receita, alguns trazem nessa premissa de cultuar o bom cuidado com o corpo e com o espírito - mente sã, corpo são!
Igualmente é fascinante podermos acompanhar todo o sucesso de alguns poucos e nos indignar quando outros não permeiam seus objetivos propostos. Estudiosos atribuem os resultados à postura que é adotada perante o que desenvolvemos em nossos pensamentos. O criador da psicanálise, Sigmund Freud, nascido no Império Austríaco, nos ensina que “o pensamento é o ensaio da ação”. Nossa mente tem ampla capacidade de armazenar informações e de aprender para podermos praticar. Todavia não somos como máquinas que conservam dados diversos, e o que não serve, apenas deletamos como um computador. O homem possui a capacidade de esculpir em sua mente tudo que está ao seu redor através dos cinco sentidos. Segundo o psiquiatra, Augusto Cury, “as lembranças que permanecem maior tempo e que muitas vezes são balizadoras de nossas decisões, ficam registradas em nosso subconsciente”. Ele completa ainda “que as informações e momentos mais marcantes são envoltos por intensa carga emotiva, sejam positivas ou negativas e podem nos auxiliar ou nos prejudicar”. De acordo com essa ideia criamos gavetas virtuais em nosso córtex cerebral de sentimentos de prazer ou de aflição; desânimo ou motivação. Por isso é bastante salutar que cultuemos em nossa reflexão, em nosso cérebro o que realmente desejamos. Todo negativismo pode se somatizar e podemos sem saber ou sem querer transformar essas ideias em enfermidades.
O que nos parece mais adequado é aprender a gerenciar pensamentos e emoções. Esther e Jerry Hicks, escritores americanos, “afirmam que assim abriremos campos magnéticos em nossa mente que nos levarão até nossos desejos”. Mas não é apenas uma simples vontade, temos que buscar aquilo que realmente aspiramos com toda força de pensamento, com dedicação continuada, em que a fixação da ideia se aproprie de detalhes que irão se formando para que possamos estar mais próximos ao alvitre. Para isso é indispensável ao acordar, todos os dias, repetir de maneira aguda e emotiva, em bom tom de voz, o desejo, uma vez que assim haverá uma conjuração mental e emotiva voltada a essa realidade que se está criando. O cérebro sente, cria e propaga através de ação real, as formas de buscarmos. Não é com sorte que agem os realizadores. Sim, eles trabalham com uma ideia determinada do que almejam e se voltam a ela de corpo e alma e não pestanejam! Os perseverantes afirmam que fracasso não existe, o que existe é o tentar, repetidas vezes até chegar ao que se pretende. Grandes personalidades mundiais, como o grande empresário, Henry Ford, foi um dos que tentou e errou dezenas de vezes até chegar ao seu objetivo de se construir um veículo motorizado. Ele não atribuiu aos erros o que tentou, mas a oportunidade de começar de novo de uma forma mais inteligente. Alguns ainda dizem que quando criamos a imagem em nossa mente, não existe o impossível. E por assim dizer, sempre vale apena tentar e jamais desistir, pois nos ensina o cineasta e diretor, Walt Disney, que “ir aonde todos vão é quase natural, e ao mesmo tempo bastante concorrido, mas ir ao impossível é muito mais gostoso, pois lá a concorrência é muito menor”.