Dona Raimunda
Alexandre d’ Oliveira
 
 
 
Né brincadeira. Moleque apronta cada uma sem saber aonde o machucado dói. Ele de certo modo tudo registra, passa a peteca a frente, sem nada aferir devido sua inocência e, sobretudo ele quer falar muito mais, e ir muito além. Porém creio que depende muito de seus pais, não quero ser melhor, também tenho meus erros. Entretanto criança guarda em sua memoria algo que outro sequer seja capaz.
 
E assim, eu recordo de quase todos meus momentos, das demais crianças do meu tempo de criança o que de repente fazíamos quando criança, dos pequenos delitos, e das infrações acometidas, do pique esconde, dos cozinhados, e de alguns adultos daquela época que tanto mexiam com a mãe da lua de forma sarcástica, zombeteira das meninas, onde uma das meninas de outra classe era muito maltratada.
 
E a professora de certo modo nada fazia , e se muito dizia apenas, meninos parem com isto. Naquela época não se falava sobre Bullying, ou coisa parecida. Mas eu recordo muito bem que chamavam uma de minhas amigas de mãe da lua. Mãe da lua era uma jovem moça, aparentemente idealista  que sonhava com todas as moças serem estrela de cinema, e ser muito famosa , no mundo todo devido assistir muita TV, e suas novelas preferidas onde muito de tudo víamos. Hoje  o Cauã Reynolds, este então tá com a bola cheia , e assim queria esta aprender línguas, para falar outros idiomas.
 

No entanto, mãe da lua, a chamavam assim por querer menosprezar uma menina de sonhos alegres que mesmo não tendo tanta beleza seu interior mostrava requintes de  além mar. Ela de fato sabia mexer com a cabeça dos meninos e de vez enquanto partia pra cima de mim . Nem era bela nem feia, dava para unir o bom e o ruim. Era tal qual Dona Raimunda...