Crônica de um comentário a um post de um senhorzinho da cultura
Meu comentário endossou o que você disse apenas acrescentei que muitas vezes os poetas que são poetas acabam no anonimato pela ação de "panelas" culturais, acho inclusive louvável você como intelectual reconhecido que é reconhecer outros talentos, me desculpe se não me fiz entender. Quando peço amizade de alguém mesmo que seja virtual é para ter uma relação decente e duradoura, baseada no respeito mútuo e na troca de pontos de vistas e no diálogo inteligente, democrático e proveitoso e, sobretudo baseado na gentileza, coisa que parece lhe faltar. Discordo da sua afirmação de que não há interesses escusos no meio artístico, você sabe que as panelinhas agem. Quanto a sua afirmação de que basta o talento para que alguém seja reconhecido no Brasil é uma meia verdade. O João Cabral de Melo Neto que citas como exemplo e por quem tenho profunda admiração pela sua obra, teve a sorte de ter nascido em família abastada e de ter acesso à alta cultura brasileira pela sua posição e cargo. Quando digo que as "panelinhas" agem é que para um Zé Ninguém, mesmo que ele seja talentoso, para ele furar os muroas das torres de marfim culturais é algo muito complicado e muita gente desiste porque não tem saco, culhão e nem estômago. Pode ser que na Bahia e no Brasil em que você vive seja diferente. Mas vou lhe ser bem franco, sinto em você certo ranço autoritário, se o meu comentário lhe conviesse talvez você não o tivesse excluído, mas penso que se você posta algo com o status de público sabe que ele será passível de comentários e de críticas, essa sua ação de excluir meu comentário e o de outros e ainda fazer críticas depreciativas a eles, infelizmente endossa o que tentei lhe dizer e fui censurado por você. Você faz parte de uma “panelinha” cultural. Outra coisa o que seria "sub, sub"...? Às vezes é dos subterrâneos que emergem coisas que o cão duvida. Acho que arrogância, prepotência e torre de marfim não fazem bem a ninguém e agente deve aqui e acolá aprender a tratar todos igualmente, seja um amigo virtual, de carne e osso e até os puxa saco que deve ter aos montes em sua volta. E viva o Brasil e todas as suas misérias inclusive as intelectuais. E esteja à vontade para me excluir do seu círculo, detesto ser um zumbi ou mais uma figurinha em seu álbum, mesmo que esse álbum seja de alguém conhecido e reconhecido, pouco me importa. Abraço, saúde e paz.