Capital de São Paulo Janeiro de 2017

Em 1962 fui trabalhar num escritório de representações comerciais, bem na Rua 24 de Maio Nº 208, 12º, depois em 1963 fui trabalhar na Tipografia Aurora, Rua Gal. Couto Magalhães, famosa “Zona do meretrício”.

Tínhamos muitos cinemas pela região e salas de teatro, nos fins de semana escolhia se ia no cinema ou no teatro. A gente andava tranquilamente por todo centro, e transportes público com todas as deficiências mantinham sua normalidade.

A gente convivia com todas as mazelas da sociedade, regime militar de certa forma mantinha certa disciplina, enfim a população respeitava as autoridades, quem tinha ideologias “comunas bolivarianas” viviam fugindo, e quando os militares pegavam tais agitadores levavam para o DOPS, ali bem pertinho da Estação Sorocabana.

Eu não tinha medo de circular por essas bandas, nunca sofri qualquer tipo de violência, por parte dos militares ou por maus elementos. As mulheres ficavam expostas num tal de “inferninho”, nos hotéis de curta duração,

O tempo passou, mudei para o interior, cidade pequena, enfim mais tranquila, mais na atualidade também não temos segurança, vivemos preocupados em ser assaltado, colocamos cadeado nos portões, e andar a pé no período da noite também não é seguro.

Morar em chácaras em sítios e fazenda também é complicado, é raro a semana que não tenha acontecido crimes de todo tipo nessas habitações fora do perímetro urbano.

No tempo de juventude a gente já com 13 anos de idade íamos até o Ministério do Trabalho, Rua Martins Fontes providenciar a Carteira de Menor para trabalhar no comércio ou na indústria, e muitos jovens tinham a oportunidade de estudar seis meses no Senai e trabalhar numa empresa do ramo gráfico, e saía com uma profissão definida.

Inventaram o “Estatuto da Criança” para proteger os jovens, de certa maneira proíbem de trabalharem, daí devido a sua imunidade por ser menor, vivendo na periferia foram adotados pelos traficantes, enfim já que não conseguem emprego em lugar nenhum, pouco ou muito vão faturando com a venda de drogas.

Resumindo, está assistindo o Jornal da Globo sobre a questão dos “excluídos”, pessoas que perambulam por todos os lados, dormem ao relento, enfim na sua maioria usuários de droga de todo tipo.

A capital de São Paulo virou um lixo visual, grafiteiros que sujam tudo o que vê pela frente, e a antiga região das Estações: Rodoviária (Av. Duque de Caxias); Sorocabana e Estação da Luz, virou uma “Cracolândia”.

Tangerynus
Enviado por Tangerynus em 18/01/2017
Código do texto: T5885847
Classificação de conteúdo: seguro