O NASCER DO SOL EM TABATINGA
 

Toda  a filosofia baseia-se em apenas duas coisas
Curiosidade e visão limitada. O problema é que
Queremos saber mais do que podemos ver.
(Bernard Le Bovier de Fontenelle)

 

A fotografia acima  registra o nascimento do sol na praia de Tabatinga. Confesso que o momento é de uma beleza indescritível e diante dele o meu agnosticismo baqueia e corro atrás dos mais sábios em busca de convencimento, pois como é sabido há milênios,  magos, filósofos , crentes , céticos e cientistas vêem tentando decifrar o enigma da existência. O filósofo e físico Marcelo Gleiser, em seu livro “Criação Imperfeita, esclarece que essa tentativa prendia-se a convicção  de que a incrível diversidade do mundo natural tem uma origem única, que tudo se engloba e que a essência dessa busca é a certeza de que, de alguma forma, tudo está interligado, de que existe uma unidade conectando todas as coisas. De acordo com a maioria das religiões essa unidade é representada por uma  entidade divina que transcende os limites do espaço e do tempo, um ser com poderes absolutos que criou o mundo e que controla, com maior ou menor arbítrio, o destino da humanidade.

Não sei se essa tentativa de explicar o que parece inexplicavel  faz sentido, o que sei é que – segundo Gleiser - na busca de um código mistérioso que, se encontrado revelaria os grandes misterios da existência, fracasssaram os maiores cientistas de todos os tempos: Kepler, Newton,  Faraday, Einstein, Heisemberg e Shroding dentre outros.

Mas, e ai? Será que o Kepler teria razão quando foi levado  por convicção religiosa  a crer  que Deus havia criado o mundo de acordo com um plano inteligível, que é acessível através da luz natural da razão...? Vá lá saber...Quem morrer saberá.
 
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 18/01/2017
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