OS "FANTASMAS" DO PASSADOIV... 8h50min.

OS “FANTASMAS” DO PASSAD0 IV... 8h50min.

Volta e meia quem já passou dos 70, os “fantasmas” do passado reaparecem nos “arquivos” de nossa alma. Não vamos nos prender a datas e nomes, mas, os fatos mais recentes como do passado são verídicos.

O pai, nos anos 60 tinha uma farmácia no interior do Paraná, quando decidiu vir se estabelecer em nossa cidade. Primeiramente adquiriu um imóvel simples, que a parte da frente foi adaptado para o seu comércio, pessoa comunicativa, e experiente em sua profissão foi ganhando credibilidade de novos clientes...

Os negócios prosperam, constrói um prédio de dois andares, em outro local, na parte de baixo uma ampla farmácia e no andar de cima sua residência. Pessoa, que pensava no amanhã, razão pela qual conservou o modesto imóvel anterior, que mais tarde seria demolido, para que os filhos construíssem suas residências...

Na realidade tinha somente um filho e uma filha, o filho seguiu a profissão do pai, aos poucos foi assumindo a função do mesmo que durante várias décadas exercera; continuava sendo farmacêutico responsável pelo estabelecimento; o mesmo com a idade mais avançada acabou se formando como Farmacêutico, deste modo o seu pai poderia realmente se aposentar...

Durante mais de três décadas mantemos laços comerciais e também amizades; era uma farmácia de grande movimento, pois o ponto era de frente a movimentada BR 116, que “cortava” os prósperos bairros adjacentes...

Em média trabalhava ele, a esposa – já havia constituído família, por coincidência, também tiveram tão um casal de filhos – mais seis balconista e duas caixas; tudo seguia bem, pelos menos aparentemente; os filhos até algumas vezes foram para Dysnelândia. Ele, com mais alguns amigos, uma vez por ano saia em viagem de férias para irem pescar no interior de nosso país...

Ainda tínhamos nossa pequena Empresa, quando evidenciamos “reveses” em seus negócios, cujas reais causas, não nos cabe avaliar. Quando ficamos sabendo, o imóvel fora vendido, e que o valor recebido mal deu para cobrir as dívidas...

Apesar dos reveses financeiros, a vida continua e sempre nos obriga a recomeçar, tempos depois, fomos visitá-lo em um pequeno estabelecimento, da mesmo atividade, num outro município...

A não muito tempo voltávamos de ônibus para casa, quando inesperadamente o seu pai sentou-se ao nosso lado; e comentou que seu filho ficara “maluco”, se separava da esposa e se juntava com uma mulher com quatro filhos... Não sabíamos o que dizer, e ele acabou descendo antes de nós e despedimo-nos...

Recentemente soubemos que inesperadamente ambos haviam falecido; quanto ao pai seria natural, porém, ele era bem mais jovem do que nós... São os nuances da vida de cada um, algumas são boas, outras nem tanto... 9h35min.

Curitiba, 16 de janeiro de 2016 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 16/01/2017
Reeditado em 16/01/2017
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