AMOR BRANDO
Não aguardava quando me deparei, apesar de saber que já ansiava pelo encontro!
Mas não sabia como aproximar, tinha de se ter cautela, como o beija flor e a flor no contato por proximidade, um certo cuidado no modo de tratar, sem causar maiores danos,não tinha a mínima ideia como acontecia!
Mas encontrei, sempre encontrava!
Foram muitos os lugares!
Eu não imaginava que iria me identificar tanto!
A vontade era de fazer perguntas!
Mas fui interrogado!
E senti a necessidade de falar, e de querer ouvir!
E a reciprocidade se fez lei!
O diálogo foi intermitente se observado a continuidade!
A objetividade presente!
Talvez o melhor presente recebido!
Então retribui!
E me recordo que há muito tempo fui apresentado à este sentimento!
Desde menino!
De um querer sem posse
Um carinho quase sem toque
Um abraço de longe, com um beijo distante!
De querer brincar
Ver!
Sorrir!
Falar!
Um aperto de mão!
Sempre é o primeiro contato, quando não o mínimo!
Depois vem o abraço como sinal de mais proximidade!
Ponto de Confiança!
Coisa que não separara nunca, muitas das vezes distancia; quando é preciso!
A presença se sente desejada, e é transmitida pelo sorriso, uma espécie de confirmação!
Do saudosismo à ideia do encontro!
Quem não teve não viveu!
Impossível ter existido tal pessoa, que não o teve!
Há de decepcionar se quiser exigir o que não pode ser exigido!
Se for colocado a frente de qualquer sentimento, ele será o atenuante!
Mesmo frente a pequenas ou grandes discussões!
Relaxa!
Pela capacidade de compreensão!
Em troca de nada!
Fácil distribuição!
O respeito é o alimento, um tipo de combustível!
Não há espaço para apenas dois porque é poligâmico, só sobrevive assim!
Antes existiam tantos, hoje pode se contar nos dedos!
Já o senti sem ao menos ver, e mesmo assim estava lá!
Faz nos sentir familiar mesmo sem laços sanguíneos!
E mesmo porque não são contratos!
Mas este sentimento pode romper distâncias, quanto mais algum compromisso de convívio!
Existem escolhas, ele nos permite peneirar, para retirar o desnecessário!
Antes e depois!
À princípio temos tantos, depois vai se esvaindo como areia entre os dedos, naturalmente, partem devagar, devagarinho!
É a lei gravitacional, quando tem de cair, cai relativo ao próprio peso,sobra o quê fica na palma da mão! Como grãos de areia!
O necessário!
Sobrar, sobra!
Mesmo que seja apenas um!
Já basta!
Que seja o "Eu" como companhia!
Estou falando do mais intenso sentimento!
Está espécie de amor brando chamado "Amizade"
(Do meu livro: Escultor de Frases)
(Uma Resposta para o mundo)
(Autor: George Loez)