Manu e o Mundo Paralelo
Manu demorou muito para dormir naquela noite. Foram muitas reviradas na cama. Os passarinhos já cantavam quando ele finalmente pegou no sono. Ao acordar, sua casa estava diferente, era maior e tinha móveis mais bonitos. Da cozinha, ouviu sons de bate-louça. Lá chegando, viu Dilma Roussef passando café e arrumando a mesa. Ao vê-lo, disse:
- Bom dia, Sr Manoel, dormiu bem?
Manu não entendia. De repente, vestindo roupa de camareira, de mini-saia com meias pretas, segurando um espanador nas mãos, surge Gleisi, saltitante e risonha:
- Sr Manoel, sua casa está limpa.
Bate o telefone. Era Melissa, uma garota simpática que ele havia conhecido dias antes, que o convidava para jantar. Foram a uma churrascaria de rodízio. Lá, o maitre era Renan Calheiros. Ele aproximou-se da mesa deles, dizendo:
- Olha, que lindo casal! Vocês estão sendo bem atendidos?
Na saída, caminhando para o estacionamento, encontraram Lula, sentado no chão, com uma perna esticada mostrando uma úlcera aberta. E ele dizia, rouco:
- Sabe, eu estou precisando de ajuda, ou seja, de uns trocados.
No primeiro sinaleiro, já a caminho de casa, Vicentinho parou na frente do carro deles e fez um espetáculo de malabarismo. Ao final, passou na janela de Manu:
- O Sr tem um trocadinho para o artista?
Foi quando apareceu Sérgio Cabral vestido de policial militar: - Circulando, circulando. E chegando perto de Manu, desculpou-se: - Sr, estes caras estão em todos os lugares, nós não podemos fazer nada porque não estão roubando ninguém.
Melissa olhava para Manu sem compreender suas reações.
- O que está havendo? Você está distante.
- Nada não, estou apenas feliz. Muito feliz.