Divagando

Quando eu era pequena (quem me conhece pessoalmente vai rir,pois se tem uma coisa que eu não fiz foi crescer muito) minha mãe já era toda negócios comigo, o que resultou em ir para escola com exatos um ano e sete meses. Não me surpreenderia se uma criança nos dias de hoje entrasse ainda mais cedo. Mas a questão não é a minha idade, e sim, o bendito nome da escola.

Só falei a idade para calcularmos que mesmo passados cerca de 17 anos esse nome, que você pode achar fofinho e criativo, é uma temática que aterroriza frequentemente minha cabeça, assombrando meus pensamentos.

Sempre que lembro desse nome o primeiro sentimento que eu tenho é culpa. Culpa de talvez não ter me esforçado o suficiente. Culpa de não ser forte. Culpa de não viver por conta do medo e da insegurança. Culpa desse medo. Culpa dessa insegurança.

Culpa...culpa...culpa...culpa...........E, antes que soe algum alerta de que houve o uso excessivo da palavras "culpa",vou parar. Não que eu tenha medo desse alerta que nem existe ou que não tenha mais culpa dentro de mim.A coisa é: estou cansada de ter culpa e não tenho forças para colocar todas elas nesse texto, nem sei se teria dedos para digitar tantos arrependimentos.

Antes que você volte e leia o texto todo outra vez, já que está acabando e você ainda não sabe o nome da escola, eu te aviso: não é nada muito revelador! O nome da escola é: "Criança feliz". Não é revelador, eu sei! Pois a grande revelação do texto é quando eu admito a maior das minhas culpas:

A culpa de não ter sido feliz...

Beatrice Prior
Enviado por Beatrice Prior em 09/01/2017
Reeditado em 10/01/2017
Código do texto: T5877069
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