Preciosismo

Preciosismo

Há tempos venho observando o uso de algumas palavras de nossa de nossa língua. Não é qualquer palavra em qualquer frase ou texto.

Uma das primeiras que me fez arregalar os olhos foi procrastinar. Pensemos caros amigos, uma pessoa em uma roda de amigos, dizendo: Nossa! Há tempos que devíamos ter feito essa reunião, mas como somos procrastinadores isso quase não acontecia. O espanto seria geral, um olharia para o outro e várias interrogações surgiriam. A situação hipotética descrita seria melhor compreendida com a simples palavra: “Sempre adiamos nossos encontros “. Simples, não?

Chegamos em casa após um doze horas de trabalho e berramos: Deixe-me um pouco, estou tão lasso que não consigo nem raciocinar. Falando assim é possível que sejamos isolados para pensar melhor e deixarmos de ser tão pedantes.

Ah! Calma aí! Duas palavras de uma só vez que não cabem no cotidiano da maioria de nós.

Sim. Estou muito cansada, por favor, deixe-me descansar um pouquinho. Não estou querendo mostrar um conhecimento que não possuo, mas sim ilustrar algumas situações reais.

Se eu chegar a algum lugar e disser: Hoje senti uma vertigem. Isso talvez me desse um ar romântico. Mas se dissesse: Senti uma tontura, que nossa! Nem ouso perguntar o que muitos interpretariam. Então, como vemos, a nossa língua também dispõe de palavras que têm o poder de amenizar as coisas.

Enfim, deixe-me quedar um pouco enquanto vou à busca de novas palavras.