DEZ ANOS...! (aos os médicos que me mantém vivo e produtivo até hoje)

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Dez anos já passaram...E como diz a música “Diez Anos”, composta por Rafael Hernendez e gravada no Brasil por Gal Costa, com o título “Dez Anos”, em uma versão em português de Lourival Faissal. Dez anos já se passaram desde quando procurei o Dr. Dante pela primeira vez em março de 2006. Estava fraco, quase sem poder andar, com uma cor amarela na pele e uma fístula aberta na cabeça, resultado das duas primeiras cirurgias realizadas uma depois da outra, em um prazo de 20 dias pelo Dr. José Vieira. Das onze a que já fui submetido até hoje, duas ocorreram na Beneficência Portuguesa, em SP. As outras 9 foram realizadas pelo senhor, todas em Manaus. Ele disse que teria que ser reinternado imediatamente para uma terceira cirurgia de urgência. Meu caso era grave! Fiquei em coma por dez dias e pensei que tivesse sido apenas um. Dr. Dante Luis Garcia Rivera, peruano de nascimento, mas brasileiro e amazonense de coração, o senhor lembra que tentou retirar as bactérias de minha cabeça, na terceira cirurgia que era submetido e a primeira que fez em mim? Foi em uma cirurgia de várias horas e entrei em coma por dez dias e pensei que tivesse sido apenas um. Na Faculdade em que lecionava, disseram que tinha morrido. O senhor comandava uma equipe de vários médicos. O mais constante e que participou da delicada cirurgia, foi o Dr. Carneiro, “Carneirinho”, porque era baixo, entroncado, sorridente e parecia feliz. Ele me visitava quase todos para saber como eu estava. Sei que tiveram outros, cujos nomes não os decorei, mas a todos lhes sou grato, igualmente.

Com receita do médico José Vieira, fiquei três dias em casa tomando remédios e encharcando travesseiros e lençóis durante o sono. Não parava de sair líquido amarelo pela fístula aberta, da qual havia espirrado o mesmo líquido no dia em que o médico assinou minha alta, depois de uma segunda cirurgia da cabeça no hospital Prontocord, onde fui infectado por bactérias hospitalares, só descoberto na terceira cirurgia, no Hospital Santa Julia. Travesseiros e colchas ficavam com uma cor amarela e fedia muito. Minutos antes de receber alta médica, o amigo Reginaldo Murilo que me visitava dia sim e no outro também, socorreu minha esposa Yara Queiroz. Tudo aconteceu minutos antes de o médico me conceder alta hospitalar. Na primeira consulta, enquanto o Dr. Dante, o novo médico que preenchia a guia verde da Unimed e a entregava a minha esposa, fiquei pensando se teria que passar por tudo de novo: internação demorada. Teria que passar por tudo de novo? Se era para melhorar, resignei-me, principalmente porque senhor me inspirou confiança ao abrir seu computador pessoal e me mostrado tudo o que desejava saber sobre minha doença que ainda hoje me intriga não saber a origem dela, ao contrário do médico José Vieira que me operou duas vezes. Sempre que me visitava no leito, lhe informava sentia líquido na cabeça, como se tivesse um mar dentro dela. Tranquilo e calmo, dizia que era impressão minha, que seria ar que ficara dentro dela depois da cirurgia e que pararia com os remédios que passara. Não passou! Um dia, puxei seu estetoscópio do pescoço, coloquei na minha e balance a cabeça. Ao escutar o barulho do “mar”, mandou que parasse e decidiu operar-me de novo, para retirada do resto do líquido.

Da primeira vez que estive em seu consultório até hoje, já envelhecemos dez anos, mas não sentimos! O tempo é invisível e só causa lerdeza no corpo. Também não atinge igualmente a todos. “O senhor leu o resultado de uma pesquisa que levou 80 anos para ser concluída, respondendo a pergunta de psicólogos: PARA VOCÊ, O QUE É FELICIDADE?” perguntou-me o Dr. Dante, quando recebeu-me para uma nova avaliação clínica! “Não”, respondi. “Dinheiro e fama” foram às primeiras respostas à pergunta dos psicólogos. O resultado final da pesquisa conduzida por profissionais de psicologia por seus filhos, netos e outros profissionais que decidiram continuar com a ambiciosa pesquisa. Surpreendeu e mostrou que em cada geração, o conceito muda muito e a conclusão à pergunta inicial, foi: ter amigos, frequentar igrejas e ter família sólida e estruturada!

Dr. Dante, depois de dez anos vendo seu rosto sorridente, conhecendo meu cérebro mais do que eu próprio, ouvindo os problemas de saúde que lhe conto, pedindo-me novos exames de controle e entregando-me receitas de remédios que passei a tomar para manter-me vivo e produtivo, sou obrigado a concordar com o senhor, Dr. Dante! Amigos virtuais os tenho muitos; presenciais e constantes, conto nos dedos das mãos e ainda me sobram dedos para ter novos amigos! “Tenho família sólida, poucos amigos com os quais convido e frequento igreja com a família” Contudo, sinto-me feliz escrevendo, mesmo não ganhando dinheiro com o que faço e nunca ter recebido dinheiro com as obras já publicadas. Doava à instituições filantrópicas, os 10% do direito de capa que recebia pelas suas vendas!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 04/01/2017
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