O "CONTRATO SOCIAL" FOI RASGADO!
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A rebelião ocorrida no Complexo Penitenciário Anísio Jobim e em outras falidas prisões de todo o Brasil, revela que o Contrato Social firmado pela sociedade no século XIX, permitindo a transição da época da barbárie para o Estado de Bem Estar Social, foi rasgado pela incompetência dos aparelhos de segurança dos Estados, por diversas causas, razões e motivos.
A ordem dada pela inexistente facção Família do Norte para a reabertura da centenária e desativada cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa, para receber presos da facção rival e aceita pelo Governo do Amazonas, além de demonstrar fragilidade do Estado, também é uma prova de que há problemas no Estado de Bem Estar Social, além de ele estar contaminado pelas facções criminosas. Respeitar os Direitos Humanos é preciso, mas a FDN, se é que existe, luta pelo comando e controle da venda de drogas. A imposição, jamais poderia ter sido aceita pelo Governo do Estado. Elas, a FDN e o PCC, são duas facções criminosas, organizadas com estatuto, porta voz e acesso livre às redes sociais. Contudo, conseguem ter mais força e poder do que o Estado de Bem Estar Social. É um mistério social que precisa ser estudado em todos seus aspectos. Essa relação misteriosa e pecaminosa entre o crime e o Estado, afeta diretamente a outros complexos interesses sociais e gera a instabilidade social, moral e psicológica do junto da população. Nesse meio de campo, as redes sociais voltam a atacar o governador José Melo, o acusado de ter recebido apoio financeiro e logístico das duas facções durante a campanha de reeleição. Verdade ou não, isso é um assunto para a Justiça investigar e resolver.
Contudo, diante da imposição da tal de FDN ao Governo do Estado determinando a reabertura da desativada e centenária prisão, o “casarão da avenida 7 de setembro” voltará a funcionar só para separar as presos das facções. A aceitação pelos Aparelhos de Estado da Segurança Pública, dessa imposição dos criminosos condenados permitirá que a sociedade coletiva também volte a fazer justiça pelas próprias mãos e tire do Estado à competência única para fazê-lo em seu nome. Com isso, a sociedade poderá voltar a agir como se vivesse de novo, no século XIX, na época da barbárie, julgando e matando a qualquer um, sem receber punição do Estado!!
Ah, como sinto que saudades de Henrique Medina, diretor da única penitenciária que existia em Manaus na década de 80. Lá, pelo menos, existia e funcionava biblioteca para presos, eram realizados casamentos e de lá também saiu Wilton Sampaio, um dos frequentadores mais assíduos da Biblioteca que funciona na parte superior da frente do presídio, o único de Manaus. Wilton Sampaio, já advogado, foi assassinado por outro advogado, filho de um juiz. Ele era um profundo conhecedor de direito e processava advogados, juízes e desembargadores por motivos que justificava nas petições, junto ao então Conselho Nacional da Magistratura. O baixo e entroncado advogado, também era o pavor dos aplicadores do Direito!
Na década de 80, Wilton Sampaio cumpria pena por crime de estelionato. Hoje, cheque ou dinheiro são coisas raríssimas de se ver na carteira de alguém. É tudo no cartão de crédito!