O codinome é...
1. Nos últimos tempos, os apelidos, ou se quiserem, os codinomes, apodos, alcunhas de gente graúda veem ganhando amplo espaço nos maiores jornais do país.
2. Entre os graúdos, estão conhecidos e poderosos políticos, do alto e do baixo clero, todos acusados pelo Ministério Público Federal da prática de rentáveis falcatruas.
3. De repente descobriu-se que eles, para delinquir, escondiam-se atrás de estranhos e extravagantes codinomes. Sabe-se, agora, da existência do Angorá, do Boca-mole, do Gripado, do Caju, do Índio, da Feia, do Babel, do Caranguejo, etc., etc.
4. Não revelarei, aqui, os verdadeiros nomes desses políticos, identificando-os. Os jornais, a televisão e o rádio já os apontaram, à farta. Não há um eleitor que não os conheça e os reprove.
5. No Brasil, essa de apelidar o político não é coisa nova. A diferença está exatamente entre o apelido que protege o político delinquente e o apelido que aproxima o bom político dos "seus" eleitores.
6. Fui buscar em "Histórias de presidentes" (de Deodoro a JK), livro da maravilhosa escritora alencarina Isabel Lustosa, os apelidos que identificaram alguns ocupantes do Palácio do Catete entre 1897 e 1960, quando Brasília virou a capital da República.
7. Não vou apontar todos os presidentes desse período. Lembrarei os mais conhecidos, cujos apodos, segundo os cronistas da época de cada um, diziam muito da sua personalidade ou do seu perfil. Vamos a eles.
8. Prudente de Morais (1894-1898), o Biriba; Rodrigues Alves (1902-1906), o Morfeu; Afonso Pena (1906-1909), o Tico-tico; Nilo Peçanha (1909-1910), o Moleque presepeiro; Epitácio Pessoa (1919-1922), o tio Pita; Artur Bernardes (1922-1926), o Seu Mé.
9. Getúlio Vargas (1930-1945), o Gegê; Marechal Eurico Dutra (1945-1951), Voxê que xabe (defeito de pronúncia); Juscelino Kubitschek (1956-1961), JK, Nonô, Presidente Bossa-nova. Apelidos inofensivos; não escondendo seus titulares de transgressões grosseiras.
10. No caso dos presidentes lembrados, fiz questão de não usar a palavra codinome. E digo por quê.
Nas minhas andanças pelas Delegacias de Polícia, advogando na área criminal, o acusado de um delito figurava nos autos do inquérito como "fulano, cujo codinome é..."
1. Nos últimos tempos, os apelidos, ou se quiserem, os codinomes, apodos, alcunhas de gente graúda veem ganhando amplo espaço nos maiores jornais do país.
2. Entre os graúdos, estão conhecidos e poderosos políticos, do alto e do baixo clero, todos acusados pelo Ministério Público Federal da prática de rentáveis falcatruas.
3. De repente descobriu-se que eles, para delinquir, escondiam-se atrás de estranhos e extravagantes codinomes. Sabe-se, agora, da existência do Angorá, do Boca-mole, do Gripado, do Caju, do Índio, da Feia, do Babel, do Caranguejo, etc., etc.
4. Não revelarei, aqui, os verdadeiros nomes desses políticos, identificando-os. Os jornais, a televisão e o rádio já os apontaram, à farta. Não há um eleitor que não os conheça e os reprove.
5. No Brasil, essa de apelidar o político não é coisa nova. A diferença está exatamente entre o apelido que protege o político delinquente e o apelido que aproxima o bom político dos "seus" eleitores.
6. Fui buscar em "Histórias de presidentes" (de Deodoro a JK), livro da maravilhosa escritora alencarina Isabel Lustosa, os apelidos que identificaram alguns ocupantes do Palácio do Catete entre 1897 e 1960, quando Brasília virou a capital da República.
7. Não vou apontar todos os presidentes desse período. Lembrarei os mais conhecidos, cujos apodos, segundo os cronistas da época de cada um, diziam muito da sua personalidade ou do seu perfil. Vamos a eles.
8. Prudente de Morais (1894-1898), o Biriba; Rodrigues Alves (1902-1906), o Morfeu; Afonso Pena (1906-1909), o Tico-tico; Nilo Peçanha (1909-1910), o Moleque presepeiro; Epitácio Pessoa (1919-1922), o tio Pita; Artur Bernardes (1922-1926), o Seu Mé.
9. Getúlio Vargas (1930-1945), o Gegê; Marechal Eurico Dutra (1945-1951), Voxê que xabe (defeito de pronúncia); Juscelino Kubitschek (1956-1961), JK, Nonô, Presidente Bossa-nova. Apelidos inofensivos; não escondendo seus titulares de transgressões grosseiras.
10. No caso dos presidentes lembrados, fiz questão de não usar a palavra codinome. E digo por quê.
Nas minhas andanças pelas Delegacias de Polícia, advogando na área criminal, o acusado de um delito figurava nos autos do inquérito como "fulano, cujo codinome é..."