Depressão Coletiva
Mudaria o Natal ou mudei eu?
Machado de Assis
Machado de Assis
Li dia desses um texto de Bruna Lynder, onde ela comenta o fenômeno provocado por Orson Welles há 75 anos, quando, ao narrar uma fictícia invasão alienígena à Terra, provocou uma terrível onda de pânico nos EUA. O episódio forçou a adoção de uma nova postura pela mídia, mais responsável com o teor e a forma de suas publicações.
O texto segue argumentando sobre como a repercussão exaustiva e, muitas vezes, sensacionalista, de eventos trágicos pelos meios de comunicação repercute sobre os ânimos da população. Ele ainda coloca as redes sociais, por sua liberdade de expressão, como um agravador do problema. Concordo, embora pense que mesmo nosso jornalismo profissional ainda tem muito o que evoluir. Ou, pelo menos, precisa emancipar-se dos interesses de poderosos e das preocupações com a audiência, para que possa tornar-se imparcial e informativo, sem explorar a comoção popular.
Estamos deprimidos. O futuro que nos é apresentado, diariamente, na TV, nos jornais ou nas redes, mostra um mundo em guerra, atentados, holocaustos. Mostra um Brasil imoral, sem solução à vista ou a prazo para tanta roubalheira e mau-caratismo.
E, nós, impotentes, tentando ser pessoas de bem e fazer o bem, tolos como o beija-flor que tenta apagar o incêndio na floresta com as três gotas de água que consegue levar no bico, sabendo que, no fim, acabaremos chamuscados, diante de uma floresta em cinzas.
Não dá para deixar de acompanhar os noticiários. Precisamos saber o que está acontecendo. Mas é preciso desenvolver senso crítico e parar de dar IBOPE a quem explora as mazelas do mundo exibindo choro e ranger de dentes. Saiba que há guerra na Síria, saiba da corrupção, saiba do deslizamento, do estupro, do assassinato, entenda as possibilidade de ajudar no que for possível, mas não fique absorvendo todas as desgraças veiculadas sobre o assunto. Mude de canal, oculte a postagem, não replique. Proteja-se, proteja seus amigos e amados.
O Natal tá frio. Papai Noel não veio.
Mas o Menino Deus está por chegar e que Ele nos ajude a todos com a esperança renovada num futuro melhor porque o que nossa mídia nos apresenta está muito mais próximo do calvário.
Texto publicado no jornal Alô Brasília de 23/12/2016.
O texto segue argumentando sobre como a repercussão exaustiva e, muitas vezes, sensacionalista, de eventos trágicos pelos meios de comunicação repercute sobre os ânimos da população. Ele ainda coloca as redes sociais, por sua liberdade de expressão, como um agravador do problema. Concordo, embora pense que mesmo nosso jornalismo profissional ainda tem muito o que evoluir. Ou, pelo menos, precisa emancipar-se dos interesses de poderosos e das preocupações com a audiência, para que possa tornar-se imparcial e informativo, sem explorar a comoção popular.
Estamos deprimidos. O futuro que nos é apresentado, diariamente, na TV, nos jornais ou nas redes, mostra um mundo em guerra, atentados, holocaustos. Mostra um Brasil imoral, sem solução à vista ou a prazo para tanta roubalheira e mau-caratismo.
E, nós, impotentes, tentando ser pessoas de bem e fazer o bem, tolos como o beija-flor que tenta apagar o incêndio na floresta com as três gotas de água que consegue levar no bico, sabendo que, no fim, acabaremos chamuscados, diante de uma floresta em cinzas.
Não dá para deixar de acompanhar os noticiários. Precisamos saber o que está acontecendo. Mas é preciso desenvolver senso crítico e parar de dar IBOPE a quem explora as mazelas do mundo exibindo choro e ranger de dentes. Saiba que há guerra na Síria, saiba da corrupção, saiba do deslizamento, do estupro, do assassinato, entenda as possibilidade de ajudar no que for possível, mas não fique absorvendo todas as desgraças veiculadas sobre o assunto. Mude de canal, oculte a postagem, não replique. Proteja-se, proteja seus amigos e amados.
O Natal tá frio. Papai Noel não veio.
Mas o Menino Deus está por chegar e que Ele nos ajude a todos com a esperança renovada num futuro melhor porque o que nossa mídia nos apresenta está muito mais próximo do calvário.
Texto publicado no jornal Alô Brasília de 23/12/2016.