QUANDO SETE É IGUAL A NOVE
Prof. Antônio de Oliveira
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Janeiro é mês dedicado a Jano, rei do Lácio, patrono dos começos e dos fins. Saturno, que é representado com uma foice, fora expulso do céu pelo próprio filho, Júpiter.Escolheu, então, o Lácio para morar e Jano lhe proporcionou sociedade no seu império. Agradecido, o deus Saturno dotou Jano de enorme perspicácia em relação ao presente, fazendo-o bifronte, isto é, passou a ter sempre diante dos olhos o passado e o futuro. Por isso,Jano é representado como um jovem com duas ou até mais faces. Ostenta uma chave na mão direita, pois foi ele quem inventou as portas e, na esquerda, um báculo para indicar o domínio que exercia sobre caminhos e estradas, entradas (janeiro) e saídas.
Numa Pompílio, segundo rei de Roma a. C., fez erguer, em Roma, no Foro Romano, o templo de Jano, que permanecia fechado quando a República vivia tempos de paz, o que somente aconteceu nove vezes em mil anos. “... del famoso TempiodiGiano, lecui porte si aprivano in tempo di guerra e si chiudevano in tempo dipace, madiesso non resta laminimatraccia”, como se lê no Guida d’Italia: Roma e dintorni). Numa também decidiu que, em vez de dez meses, o ano deveria ter doze meses.Introduziu, então, os meses de janeiro e fevereiro, no início do ano, razão pela qual setembro é o nono mês, outubro o décimo, novembro o décimo-primeiro, e dezembro o duodécimo. Desde o século XVI que o 1.º de janeiro foi adotado universalmente como o primeiro dia do ano.
Fevereiro, em homenagem à deusa Februa, março, a Marte, abril à deusa Aprilis, maio à deusa Maia, filha do gigante Atlas, junho à deusa Juno, esposa de Júpiter, julho a Júlio César, agosto a Augusto. Os demais conservam as denominações primitivas e significam o 7.º (setembro), o 8.º (outubro), o 9.º (novembro) e o 10.º (dezembro) mês, reminiscência do calendário dos antigos romanos, de dez meses.
Nascemos mergulhados nas águas dahistória:ponto de referência da humanidade.