MENTIRAS E VERDADES NA REBELIÃO DO COMPAJ!
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Mentiras e verdades existem e precisam ser ditas no caso da decapitação de presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, no primeiro dia do ano novo, manchando de sangue as mãos das autoridades prisionais. A primeira e grande verdade são as mortes dos presos. Também, é a certeza de que não há controle de entrada de armas ou detectores de metais para proibir aparelhos de celulares dentro das cadeias!. Se houvesse e fosse eficiente, como revolveres e facas teriam entrado no sistema prisional e usadas na decapitação dos corpos dos presos mortos com tiros? Como teriam batido selfs com armas de grosso calibre e divulgadas em redes sociais. A verdade é que não existe qualquer controle de armas ou vistoria em celas com detectores de metais.
Também desconheço a instalação de bloqueadores de celulares nas prisões do Amazonas ou do Brasil. No primeiro dia do ano passado na Penitenciária de Pedrinhas, no Estado do Maranhão, ocorreu chacina semelhante, também com muitas mortes e decapitações de presos sob custódia do Estado. Como isso pode ocorrer se não for pela incompetência de quem deveria gerir a vida dos presos e devolvê-los totalmente à sociedade, com educação e totalmente prontos para enfrentar os desafios de viver fora da prisão? Na maioria dos Estados, presos escolhem e indicam diretores de prisões e os governadores os nomeiam. Depois impõe o que desejam e os recebem em forma de regalias!.
Em Manaus, detentos tiraram fotos e postaram em redes sociais propagando as barbaridades que fazem com seres humanos! Como conseguem fazer isso? Essa é outra verdade: fazem porque nada existe para bloquear sinais de aparelhos celulares. Os presos também fazem divulgação de selfs empunhando armas de grosso calibre, afrontando e desafiando as autoridades penitenciárias do Brasil e do Amazonas também. O pior de tudo, ainda, é que são repercutidas pelas redes sociais, em nome de uma liberdade de expressão irresponsável. Uma coisa é fazer jornalismo sensacionalista; outra, diferente, é promover apologia ao crime pelas redes sociais, divulgando ameaças em nome de uma suposta facção FAMÍLIA DO NORTE, que não existe. Como pode?
Essa suposta facção FDN foi o título da matéria escrita na década de 80, pelo repórter policial investigativo e ex-deputado estadual por 4 mandatos consecutivos, já falecido, Wallace Souza, publicada no Diário do Amazonas. Como envolvia crimes em série e quase todos insolúveis até hoje, de grande repercussão em Manaus, titulei a matéria como FAMÍLIA DO NORTE IMPÕE TERROR EM MANAUS. O texto da matéria envolvia policiais civis, militares e empresários que financiavam pistoleiros de outros Estados para promover terror em Manaus. Depois retornavam tranquilamente para seus Estados, como se nada tivessem cometido em Manaus. Essa é a verdade sobre a facção FAMILIA DO NORTE, que teria dominado os presídios em Manaus, criado estatuto, nomeado líderes, indicado porta voz de suas ousadas ações.
Contudo, FAMÍLIA DO NORTE também pode ser a incompetência das autoridades que cuidam da administração penitenciária no Amazonas, envolvendo todos os atores, que sabem de tudo há muito tempo e nada fazem para retomar o controle das prisões falidas e superlotadas de detentos.