Devaneios

DEVANEIOS

Na busca de uma pretensa felicidade nos colocamos como aves que voam na escuridão. Sem saber nosso destino final, numa busca louca, e demasiadamente impetuosa e voraz, nosso coração e nossa mente desejam somente uma coisa, alçar e alcançar a plenitude de sua realização. Ainda que se realizar implique em arriscar tudo que se conquistou.

Quantos destinos iguais aos meus encontrei em minha viagem, quantos que como eu ardoroso e na sequiosa ansiedade de ser feliz não reconhece a felicidade que está ao seu lado.

A felicidade é um bolo confeitado e embelezado de maneira tal que ao provar o primeiro pedaço, precisa ser sentido e degustado com a serenidade dos mansos de coração. A felicidade não uma meta inatingível e sim uma conquista que todos dias precisa ser vivificada, cuidada e preciosamente guardada a sete chaves. Como um tesouro preciso a felicidade deve ser colocada longe dos olhares de ladrões que sorrateiramente se aproximam com o desejo claro de leva-Ia para longe de nós e quando nos apercebermos estará tão distante que a tristeza em nossos corações não nos darão condições de nos levantarmos, e como moribundos perambularemos como mortos-vivos que deixam ver e sentir o carinho daqueles que estão ao nosso lado e num adeus final nos atiraremos no precipício da desilusão buscando desesperadamente ressuscitarmos desta morte inefável do mundo daqueles que se esqueceram que a vida é um sonho e que morrer é mais que simplesmente o cessar do funcionamento dos órgão vitais.

E o sol que desponta no horizonte dar-me-á a plena certeza de posso, acima de qualquer coisa e situação acreditar que além do horizonte de nossas expectativas tudo me possível quando se ama, quando se acredita. Então as flores exibirão suas cores, as abelhas a visitarão e num rito final a vida eternizará como esse mesmo sol

Que banha-nos com sua luz .

Gilmar

Planaltina,30 de Novembro 2004