CONTRASTE PUNGENTE DO ANO NOVO

Há alguns anos a praça daqui da frente da casa, ficava lotada de crianças e adultos. Notava-se tratar-se de pessoal de baixa renda. Eles percorriam casa por casa solicitando boas-festas. E ganhavam guloseimas. Este ano não apareceu ninguém. Aliás, nem no ano anterior.

Bom sinal. Indicativo de que a miséria tinha terminado.

Mas a euforia durou pouco. Ao passar no mesmo dia próximo à Santa Casa, ao lado da Igreja Dom Bosco, muita gente ficou constrangida ao ver aquele pessoal sem-teto, maltrapilhos, imundos, aglomerados ali. Dormindo ao relento, sem lugar para tomar banho ou fazer higiene pessoal. Esses não tinham motivo nenhum para celebrar o ano novo. E ninguém lembrou-se de estender-lhes a mão.

Hay gobierno, é de se perguntar.

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 02/01/2017
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