O QUE ME FOI CONCEDIDO. 31/12/2016

É preciso agradecer. Quem não agradece esconde a dádiva sempre preciosa e forrada de bondade. O reconhecimento recôndito, silente, não alça voo, não festeja a miríade que se conta na indeterminação concessiva, subtrai o Concessor em sua grandeza , não alcança alturas compatíveis com a maravilha.

Do que recebi e recebo agradeço, em genuflexo, e me pergunto sobre merecimento.

36 graus nas varandas da minha casa, nunca vi isso. Me refugio no ar refrigerado após um banho no quintal, sozinho, minhas netas ficaram dois dias em imensa farra comigo. Já não estão.

Penso em ir ao encontro do simbolismo de Cristo, o pão e o vinho como habitual aos sábados entrando a noite. Saio do ar refrigerado e retorno. Está muito quente, o calor armazenado nas calçadas e prédios irradia um vulcão que incomoda.Penso, vou amanhã, domingo pela noite, fazer a reserva de minha pessoal intimidade, meu culto próprio como cada um tem o seu, minha religião, o encontro sagrado que para mim é alimento de confiança e paz. Sem ritos e concorrentes somadas no curso da conhecida Missa Católica.

Sou sacudido por uma imposição. Reflito: Não posso deixar de ir a esse mais importante encontro no último dia do ano PARA AGRADECER TUDO QUE ME É E FOI CONCEDIDO.

Levanto rapidamente, coloco uma bermuda, camisa, e parto em passos rápidos. A Igreja fica a dois quarteirões de minha casa, complexo do Salesianos, Basílica de NS. Auxiliadora, a Virgem Protetora, colada ao imenso complexo do colégio onde meu pai jovem deu aulas, onde estudei, estudaram meus filhos, casei, e tantos outros eventos.

Chego rapidamente e entro. A oferta do Corpo de Cristo já ocorria. Me coloco na fila do centro e recebo sua celebração de imemorial permanência como autenticado pelo FENÔMENO DE LANCIANO, ITÁLIA, e relaxo. Posso AGRADECER TUDO que me foi concedido nesse ano que se vai.

Fico em paz.