Passado, presente e futuro
Ontem assisti novamente ao filme “Alien – o oitavo passageiro” (1979), Oscar melhores efeitos especiais (1980). Quem viveu a época certamente é grande fã, se não da quadrilogia, pelo menos do primeiro. Interessante como era, na época, a visão em relação ao futuro tecnológico. Esta não é uma crítica ao filme mas apenas uma “lembrança” da expectativa sobre do futuro, na época. A trama passa-se no ano de 2037 (já estamos quase lá...), com viagens intergalácticas, androides, tecnologia avançada, câmeras nos capacetes mas sem monitoramento pelas instalações da nave. O sistema operacional da máquina, apesar de supor uma inteligência artificial avançada, parecia-se mais com o DOS (Sistema da Microsoft, na época). Monitores monocromáticos com baixa definição; pelo menos não era na cor verde. Grande parte desta expectativa continua viva ainda hoje e não acredito que a alcançaremos antes do final deste século. Outras partes me parece, HOJE, um tanto toscas. Evoluímos tecnologicamente. Na época não se pensava em celular (pelo menos não comercialmente) e computadores com sistemas gráficos avançados. Filmes pela internet? Nem pensar. Acredito que a evolução do homem seja como o rebolar de uma lagartixa quando anda. Em determinado momento uma parte avança mais rápido, depois estaciona e outra parte avança mais rapidamente, depois outra, uma derrapada aqui outra ali... e assim vamos em frente. Creio que tecnologicamente diminuamos o ritmo. Acredito numa aceleração de avanço social; o ser humano pede isso. É inadmissível tanto desprezo pela vida. Acredito que até 2037 seremos mais conscientes das necessidades humanas, que discutir variações no tom de pele seja totalmente sem sentido, diferenças de saldo bancários não influenciarão no caráter das pessoas, orientação sexual será respeitada, nascido em região diferente serão bem vistos, crenças, religiões, um caminho que convergem a um único Ponto. Pergunto-me se (caso eu chegue até lá) terei ainda o pensamento muito diferente do que penso hoje. Que parte mudará tanto e que parte me decepcionará. Esse é o colorido de nossa jornada: Sonhar, imaginar, aonde estaremos, como será(?), alimentar-se da expectativa do futuro. Isso nos impulsiona. Enquanto esse futuro não chega, delicio-me com o melhor do tempo: o presente. Por enquanto: 2017.
Feliz Ano Novo a todos!! Não esqueçamos o passado mas que o futuro seja sempre melhor. Muita saúde, felicidade, harmonia.