FELICIDADE... Conscientização e Alienação
Mais um ano está à porta. Como será? O que será?
Se tudo é uma consequência do que foi, cabe indagar, como foi?
Por isto que o ser humano criou a cronologia: esta sucessão ritualística de datas: marcos, fatos e processos – não é à toa que ele tem complexo divino, se fosse animal simples como os demais, deixaria as coisas fluírem sem se preocupar com quando e o quê foi. Neurose! Tudo é neurose para sentirmos mais dignos.
Como foi sabemos - pelo menos aqueles que têm consciência crítica sabem. E tudo é resultado de nossa participação ou abnegação de atribuir poder a quem lidera. Outros preferem acreditar que foram forças divinas, energias positivas, caprichos das divindades – e assim vivem ainda que explorados ou marginalizados pela sociedade que nós mesmos construímos e produzimos.
Este ano que passou assistimos retrocessos. Quer na potência estrangeira com a eleição de forças reacionárias que propõe a separação de povos e tantas outras coisas que deixaram o mundo boquiaberto. Quer no cenário brasileiro causando surpresa até aos que foram favoráveis à volta a períodos pouco democrático.
E assim a história se faz com o desempenho de partes do todo humano. Existem lados. Qual é o seu lado da história?
Esta crônica foi resultado da opinião que li de Benjamim Abdala Junior sobre o surgimento do estilo literário realismo-naturalismo português ao analisar a obra de Eça de Queirós em O Crime do Padre Amaro*. Ele diz: “A visão crítica do reacionarismo burguês não leva o narrador à perspectiva romântica daqueles que consideravam que o regime político poderia ser derrubado facilmente. Para a transformação social do país, seria necessário muito mais do que simples denúncias literárias, de uma mocidade exaltada.”
No presente de um lado a mocidade brasileira saiu à rua em marchas contra as forças reacionárias e a muito não se via manifestações deste calibre contra a tirania. Do outro lado os reacionários bateram as panelas em seus panelaços. E o governo surpreendeu a ambos os lados com suas medidas impopulares...
Se obras literárias não são suficientes para mudanças revolucionárias e nem manifestações populares de marchas pró democráticas pergunta-se: O que é necessário então para que os marginalizados da história tenham acesso à cidadania?
Há urgência para esta reflexão, porque o lado do obscurantismo já externou sua proposta nefasta: “Escola Sem Partido” – como se fosse possível viver e conviver na Polis sem opinar sobre medidas de interesses coletivos.
Que o Ano Novo seja mais Feliz com maior Conscientização de ações e reações e menos Alienação que faz crer que a felicidade é obra do Deus Destino!
Mais um ano está à porta. Como será? O que será?
Se tudo é uma consequência do que foi, cabe indagar, como foi?
Por isto que o ser humano criou a cronologia: esta sucessão ritualística de datas: marcos, fatos e processos – não é à toa que ele tem complexo divino, se fosse animal simples como os demais, deixaria as coisas fluírem sem se preocupar com quando e o quê foi. Neurose! Tudo é neurose para sentirmos mais dignos.
Como foi sabemos - pelo menos aqueles que têm consciência crítica sabem. E tudo é resultado de nossa participação ou abnegação de atribuir poder a quem lidera. Outros preferem acreditar que foram forças divinas, energias positivas, caprichos das divindades – e assim vivem ainda que explorados ou marginalizados pela sociedade que nós mesmos construímos e produzimos.
Este ano que passou assistimos retrocessos. Quer na potência estrangeira com a eleição de forças reacionárias que propõe a separação de povos e tantas outras coisas que deixaram o mundo boquiaberto. Quer no cenário brasileiro causando surpresa até aos que foram favoráveis à volta a períodos pouco democrático.
E assim a história se faz com o desempenho de partes do todo humano. Existem lados. Qual é o seu lado da história?
Esta crônica foi resultado da opinião que li de Benjamim Abdala Junior sobre o surgimento do estilo literário realismo-naturalismo português ao analisar a obra de Eça de Queirós em O Crime do Padre Amaro*. Ele diz: “A visão crítica do reacionarismo burguês não leva o narrador à perspectiva romântica daqueles que consideravam que o regime político poderia ser derrubado facilmente. Para a transformação social do país, seria necessário muito mais do que simples denúncias literárias, de uma mocidade exaltada.”
No presente de um lado a mocidade brasileira saiu à rua em marchas contra as forças reacionárias e a muito não se via manifestações deste calibre contra a tirania. Do outro lado os reacionários bateram as panelas em seus panelaços. E o governo surpreendeu a ambos os lados com suas medidas impopulares...
Se obras literárias não são suficientes para mudanças revolucionárias e nem manifestações populares de marchas pró democráticas pergunta-se: O que é necessário então para que os marginalizados da história tenham acesso à cidadania?
Há urgência para esta reflexão, porque o lado do obscurantismo já externou sua proposta nefasta: “Escola Sem Partido” – como se fosse possível viver e conviver na Polis sem opinar sobre medidas de interesses coletivos.
Que o Ano Novo seja mais Feliz com maior Conscientização de ações e reações e menos Alienação que faz crer que a felicidade é obra do Deus Destino!
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 28/12/2016.
*Queirós, Eça – 1998, Editora Ática, SP, Série Bom Livro.
ESCREVA PARA O AUTOR:
conversandocomoautor@gmail.com