Alienígenas

Curiosamente, chamamos a comunicação extraterrena de "Contato de primeiro grau". Esse contato de se aproximar, de ir além do estranhamento e de fazer parte de algo maior. Mas quantas pessoas na vida, tocam realmente nossos corações a este ponto?

Diria poucas e tão raras quanto a visão de um disco voador. Pessoas vindas de algum lugar, que o "acaso", repentinamente, nos coloca frente a frente. A princípio, somos de planetas diferentes

até percebermos que nossos sentimentos e pensamentos se encontram além das palavras e nossas culturas não divergem,

mas antes se complementam. Neste instante, reconhecemo-nos e não existe mais o "meu" ou o "seu" mundo, somos do mesmo lugar e tempo, que é o presente da presença de ter e fazer parte da vida um do outro.

Então os outros se tornam alienígenas... E rimos sozinhos das percepções que agora fazemos ao redor de nós. De fato,

o universo é muito maior do que o nosso pequeno átomo, que chamamos de interior. Mas entre tantas estrelas, encontrar compreensão e cumplicidade, é como achar uma "agulha no palheiro". E lhes revelo um segredo: a agulha brilha!

Assim como, a inesquecível imagem do filme ET, que o dedo brilhava representando uma linguagem extra sensorial: o toque do

AMOR.

Somos sensibilizados por emoções que representam mais do que qualquer expressão. Mas podemos adotar as mágicas palavras: "ET, Telefone, minha casa", cientes que ETs somos todos nós, nesta galáxia que trazemos dentro de nós. Telefone é a ligação de nos sintonizarmos uns com os outros, é elo e laço. E casa, só abrimos para quem realmente queremos que faça parte de nós, é a intimidade, o abrigo e refúgio íntimo de nossa mente.

Quando destoamos desses princípios somos então abduzidos, que é quando nos deixamos levar para realidades, que não fazemos parte. Ou permitimos ser invadidos ou sermos invasores, sendo forçados ou forçando situações que espontaneamente não devem acontecer.

Mas não precisamos de armas, mas antes de uma bandeira de paz! Não precisamos de ceticismo, mas de olhos que acreditem! Estranhos, estrangeiros ou alienígenas, somos todos, até que nos abramos para receber e aprender com as pessoas do jeito que são.