Ah guria
Ah guria, eu te diria de novo o quanto gosto de estar junto de ti, o quanto amo passar horas ao seu lado jogando conversa fora ou te ouvindo tocar e cantar uma música qualquer. Te diria, mas de nada adiantaria, pois já te disse inúmeras vezes sem usar as palavras, e não funcionou.
Quando ninguém estava por perto, eu te disse o quanto gostava da sua companhia ficando do seu lado. Mesmo com todas as circunstâncias me dizendo para ir, eu fiquei. Mas não te falei nada, só fiquei ali, junto de ti. Não precisava falar, era só você notar.
Eu te disse o quanto o seu corpo me atraia, todas as vezes que te massageei ou te fiz cafunés para dormir. Eu não precisei falar nada pra te mostrar o quanto te queria, mas acho que você não via. O afago da minha respiração te dizia o que eu sentia mais que qualquer outra palavra que eu tentasse usar para definir aqueles momentos.
Ah guria, quem diria? Nos afastamos tanto! É que cansou, sabe? E outras pessoas te cercaram, te mudaram. E eu, bem, permaneci ali, te vendo de longe, acenando apenas, não falando. E a gente foi mudando e mudando. Quando vimos, onde foi que paramos?