Enígma

Enígma

Quem ousa responder a pergunta universal: O que te fez amar o sue par? Há muitas respostas possíveis: O olhar enigmático, o sorriso tímido, meio de lado ou o sorriso escancarado e até escandaloso. Ele, ela ser a pessoa que sempre quis, a beleza, que encheu meus olhos, a simpatia, e por aí vai...

Mas será mesmo possível descrever o que exatamente me conquistou no outro? Quantas vezes deitamos “normais” e no outro dia acordamos inebriados, o coração nos indicando que algo mudou, nosso pensamento voltado para alguém. E daí? Tudo isso descrevido acima não aconteceu.

Arrisco-me a dizer que quando fomos formados, quando ainda estávamos uniformes no ventre de nossas mamães, essa escolha já estava definida. Eu, você, nós, eles não fomos agraciados com o direito d escolher o ser amado. Talvez isso seja bom, economiza um trabalho exaustivo. O destino, o universo, nosso criador faz isso por nós.

O que é incrível é que seguimos pensando que essa ou aquela característica do outro nos fez escolher nosso amor. Mas ouso dizer ainda: Que se olharmos atentamente, cuidadosamente, com um análise minuciosa nosso escolhido ou escolhida vamos ver que não possuem o tal olhar enigmático ( sim um olhar comum e até estrábico), o sorriso tímido ou escancarado e sequer é belo.

Então seguimos e a vida se encarrega desse “servicinho”, às vezes sujo, de nos indicar nosso amor e nós, na maioria das vezes, parvos, caímos direitinho na maravilhosa armadilha do amor.

Izabel de Brito Silva

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