Porto e Farol

Já confessei em várias maltraçadas que uma das minhas maiores frustracões é não ter nenhuma vocação para a poesia. Pelejo para elaborar um poema pelo menos sofrível e não consigo. Mas alguns amigos vivem me incentivando a insistir na tentativa de escrever poemas. Chegam até a sugerir motes, todos eles envolvendo o amor porque sabem que sou um cara romântico demais . Um deles, dia desses, ouviu quando eu falei que sem amor não vivo, nem sei a razão da frase, mas aí o cara sugeriu que eu tentasse fazer um poema começando com esse verso, promoveu a frase a verso.

Fiquei com a idéia do sujeito na cachola, comi a corda e cometi o poema de pé quebrado, horrível mas que os amigos disseram que está mais ou menos. São uns gozadores. Como acabei de cear e tomar um copo de vinho branco e não tenho outro assunto, peço descupas aos amigos fo RL e vou transcrever o tal poema que, pasmem, intitulei de Porto e Farol:

"Sem amor não vivo/ Afogo na mesmice/ Apenas sobrevivo/ em meio à chatice.// Sem amor sufoco/ me dói o coração/ Perco todo o foco/ Tomo o caminho da perdição.// O amor é tudo/ Mas, sobretudo,/ O amor é um porto/ que nos salva/ do volume morto/ É a Estrela Dalva/ É o nascer do sol/ É um eterno farol/ Sempre a nos guiar e ensinar/ O verbo amar/ Sem amor não vivo...".

Desculpem o poema fraco e de pé quebrado. Feliz Natal para todos. Muito amor. Axé, inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 25/12/2016
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