Perdoem! Hoje estamos a 23.12.16...Mas o texto é absolutamente atual...e la se foram mais dois da minha vida. E da sua....coisa seria...mas leia, sim, o texto. É como falar com ELE!
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Natal. E os espinhos...
 
isabel Sprenger Ribas. Curitiba, PR
 
23.12.2014
 
Abro meu computador, inicialmente para minha conversinha diária com o Face book, um dos meus mecanismos de contato com filhos, noras, netos, amigos, pessoas que amo. Face é bom ouvinte e grande leitor. Silencioso, não me julga, só escuta meu coração e lê minhas palavras...
 
E vejo então ali, na tela inicial, os lembretes de sempre. Mas um há de muito especial ressonância que desperta sons de vontade da minha alma. Assim está escrito:
“ Amanhã véspera de Natal”.
E então, preciso dizer o que sinto e de que modo isto ocorre...
 
Tenho pensado, nestes últimos dias e com muita assiduidade que nada escreveria neste ano. Me parece que sempre estou a me repetir, a dizer de modo quase igual tudo o que tanta gente já sabe. Além de repetitiva, correria o risco de ser pouco criativa nas próprias palavras...
 
Mas não, diz meu lá dentro de muito dentro, não é assim. O tema é absolutamente ETERNO. ETERNAS são suas recomendações ao Ser Humano. ETERNO é o subjetivo intrínseco que paira sobre esta realidade que já dura 2014 anos depois de CRISTO.
 
Ele, o grande ANIVERSARIANTE do dia, deixou, entre tantos de igual importância, um legado, também ETERNO:
 
“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”...
 
Por si, este conceito bastaria para nortear páginas e páginas repletas de vocábulos sobre seu significado.
 
Eis-nos, entretanto, frente à dificuldade sem medida!
Cristo exerceu esta prática, morreu por ela, reafirmou os seus porquês, salientou a sua intenção em cada dor que sentiu, em cada sede que inundou SUA testa de suor e em cada secura de sua boca que emitiu silenciosos gemidos.
 
E nós? Estamos seguindo seus conceitos?
 
Amamo-nos uns aos outros como nos foi ensinado nos primórdios desse Tempo que modificou o andamento do Universo para o povo cristão? Estamos fazendo a nossa parte? Desempenhamos um papel de relevância amorosa junto aos nossos semelhantes? Doamos, não o que sobra mas, sim, dividindo o que há? Respeitamos opiniões, raças, credos, pessoas, crianças, animais, diferenças nas preferências? Cultuamos a Vida como, sem sombra de dúvida, um dom divino, respeitando os limites do nosso corpo, da nossa saúde?
 
Não sei! Algumas vezes, talvez.
Reconheço-me entre aqueles que nem sempre conseguem atingir um patamar, ao menos, próximo da perfeição desse entendimento, ainda que muito me esforce...
 
As recaídas deixam-me triste com a própria alma, que não soube se impor como deveria frente aos meus desatinos deste ser humano falho e deficitário...
 
Um dia, no ano de 2008, escrevi um texto que sempre gostei muito referindo-me à recomendação que fiz ao meu semelhante de tirar da cabeça de Cristo a Coroa de Espinhos que lá está a partir da data da sua crucificação.
 
Desde menina odiei esta coroa! Nenhuma das imagens de Cristo que possuo recebe este adereço cujo significado foi motivado pela imprecaução e pelo desatino humanos.
 
Mas ela lá está, em SUA DIVINA cabeça desde aquele tempo...
 
Hoje reitero esta recomendação, atingindo, também, à vontade pessoal. Que cada um de nós faça a sua parte.
 
Que em cada BOA prática, um pequenino espinho seja retirado daquela coroa, liberando a divina cabeça da dor de não ver cumprido os SEUS mandamentos;
 
Que cada ser humano tente um pouquinho mais, apenas, ser condescendente, afetuoso, amigo, sem preconceitos de nenhuma espécie. Outro espinho;
 
Que cada palavra seja medida, cada agressão seja evitada, cada tabefe ou soco fique sufocado na compreensão de que a ”violência é a arma do fraco”. Mais um, desta feita tão cravado em SUA cabeça;
 
Que prevaleça a honestidade, a retidão de caráter, o respeito ao patrimônio público e o respeito ao voto vencido em absolutamente igual proporção. Gigantesco espinho;
 
Que todos possamos entender o significado subjetivo desta mensagem.
SERÁ, então liberada a SUA divina cabeça.
Aos nossos olhos veremos (e sentiremos mais...) a imagem de Cristo, de sandálias rotas, sim, de vestes simples e desprovidas de qualquer vaidade desapropriada; observaremos sua nova caminhada sobre essa trilha que somos nós...
E, agora, de modo mais leve, DESCONTRAÍDO e REALIZADO...
 
Porém, soltos, lindos, longos e cheios de brilho, os cabelos de Cristo não terão manchas de sangue.
Ondularão ao sabor do vento magnífico, criado por Deus, SEU PAI, tão ETERNO quanto a BOA VONTADE. Que assim seja.
 
Acabei escrevendo o texto à data magnífica, afinal...
 
Feliz Aniversário, AMADO e GRANDE CARA DAS BARBAS LONGAS
isabel Sprenger Ribas
Enviado por isabel Sprenger Ribas em 23/12/2016
Código do texto: T5861182
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