Natal é amor!
Natal é amor!
Só nos resta, agora, dizer "Então, é Natal!” Vamos, durante todo o ano, agindo como centuriões, defendendo o nosso exército pessoal a unhas e dentes, assustando um leão por dia (veja que eu fui politicamente correto — não matei o leão), proclamando a nossa indignação aos quatro ventos, inclusive, nas redes sociais.
Protestamos contra o aumento abusivo da luz, do leite, da... lantejoula nossa de cada dia! Acordamos cedo, talvez sequer dormimos, e já estamos a postos: operariando. Decerto que alguns, doutorando, mas isso não muda o estar das coisas — somos apenas nós em torno de nós mesmos.
Mas, então, é Natal! — isso, sim, pode mudar o estar das coisas, porque, independentemente de que alguém seja ou não cético, de que não queira estar vinculado a convicções criacionistas, mas que, porém, não seja ignorante, poderá perceber que, se se diz que Natal é amor, estará aí um bom motivo para celebrar a vida, para celebrar o próprio Natal. Nesse sentido, eu costumo acreditar no Natal, no da fartura franciscana, do amor fluindo aos borbotões. Aí, sim, perpassamos o nós e chegamos ao vós.
Agora, se nesse contexto, você insiste em me oferecer aquela garrafa de Old Parr...