PASSOS DO COTIDIANO VIII, “EPÍLOGO”... 17h51min.

Ontem, foi o nosso último dia de trabalho, deste ano, na terça feira usamos o carro, ontem, novamente usamos o transporte público. É evidente que demora mais, mas tem suas vantagens, não nos preocupamos onde estacionar o carro, ao se fazemos um pouco de exercício, pois somos “arredios” aos mesmos.

Saímos um pouco depois do almaço, o primeira condução nos deixa no Terminal Cabral, em seguida usamos o ônibus que usa a caneleta exclusiva; é um veículo de grande porte, com capacidade a centenas de pessoas, normalmente vamos sentados, pois há assentos preferenciais aos idosos. Não há como errar onde descer, pois em cada parada da estação tubo, tem uma gravação de uma “moça’, dando o respectivo nome estação tubo.

Na estação Bento Vianna, descemos daí para frente o percurso seria a pé. A tarefa era amena e rotineira, visitar seis médicos, com destaque a três, que os conhecemos a mais de dezoito anos, médicos homeopatas de grande prestígio, com pacientes fieis, alias esta especialidade está em franca expansão; e pensar que esta modalidade de tratamento já tem mais de 200 anos, graças a alma inovadora do medico Samuel Hahnemann... (Semelhantes curam semelhantes).

O local que encerramos nossas atividades este ano, é o barro do Batel; nos primórdios, final dos séculos, XIX e nos primeiros anos seguintes, houve lá um intenso trabalho, dedicadas ao ciclo da erva mate, muitas atividades se prendiam a isto; ela era acondicionada em barricas e dali era exportadas, isto acabou gerando enriquecimento de alguns, que se dedicaram a esta próspera atividade...

Os afortunados que enriqueceram com esta atividade, construíram destacadas residências, algumas até em forma de palacetes, “imitando” os de origem francesa; há os famosos, que não se curvaram as marcas do tempo, e até hoje, imponentes, poucos é certo, um deles com quase cem anos, que foi comprado por um antigo governador do Paraná, Dr. Moisés Lupion; há também do comerciante Dr. Hermes Macedo, que chegou a uma rede de loja, muito famosa na época: cujo slogan: do Rio Grande ao grande Rio...

Antes de visitarmos o último médico, estávamos na Francisco Rocha, com avenida Batel, numa esquina, havia um supermercado, “desapareceu”, em seu lugar está sendo construído um prédio, atravessando a rua, havia um floricultura, também “desapareceu”, em seu lugar há uma imponente construção de uma agência de automóveis Chevrolet, o único prédio, remanescente do começo de nossa vida de vendedor-propagandista, - 1969 - é uma antiga farmácia, agora pertencentes a uma rede; onde “andará” jovem farmacêutica, cujo pai prospero fazendeiro adquiriu para ela, e isto já 47 anos...

Antes de ir visitar o último médico, adentramos a concessionária, pois para lá estava trabalhando o vendedor, que nos vendeu o Classic, isto em setembro de 2013, finalmente em setembro do próximo ano vamos quitar o último pagamento...

Entramos, o cumprimentamos, tomamos um cafezinho, conversamos, ele comentou que o mês de dezembro estava “fraco”, pois até aquele dia tinha vendido tão somente dois carros; novembro fora um pouco melhor, pois vendera um carro importado de alto valor...

Despedimo-nos, era preciso visitar o último médico, e retornar, pois a Meg teria que jantar e tomar sua injeção habitual de insulina... Já era quase sete horas quando finalmente regressamos, para nós, era o “epílogo” de mais um ano de trabalho... 19h00min. Curitiba, 22 de dezembro - Reflexões do Cotidiano - Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 22/12/2016
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