LEMBRANÇAS DE NATAIS.
Início dos anos sessenta,uma "leva" de primos,e eu,todos vivendo a plenitude de nossos 8 a 10 anos de idade.
Dentre eles,José Elias,neto de tia Flora,ambos hoje noutra dimensão.
Tocados pelo espírito natalino e tendo observado as decorações nas igrejas do centro da cidade,resolvemos por a mão na massa e criar um presépio no quintal de nossa casa.
Empurramos gaiotas carregadas de pedras durante tôda a manhã.Da mata vieram as avencas,as bromélias,os musgos,as barbas de bode,enfim...Ainda que não dispuséssemos das imagens (isso era elementar,depois daríamosum jeito.Mas,que jeito? rsrs...)e na parte da tarde,depois de "forrarmos" os estômagos,partimos para a edificação do projeto.
Exageros à parte,mas aquilo parecia trabalho forçado em campo de concentração,a edificação das pirâmides do Egito,dado o volume das pedras que,sobrepostas,iam aos poucos formando a gruta tão sonhada.
Ainda que,sob um farto repertório de impropérios,a mesma tivesse despencado várias vezes.
Algumas brigas,algumas teimosias,mas o trabalho em equipe sobressaia e a arquitetura,depois de cada reconstrução, andava nos conformes.
Caras suadas,cansaço...Nada que uma ameixa ,um pêssego ou uma pera,de quando em quando não amenizasse a aridez do processo.
Três horas da tarde.
Momento da ordenha das vaquinhas de Tia Flora.
Algumas já posicionadas de fronte à porteira,outras "nem aí",pastando a serenidade dos potreiros pelas cercanias.Era preciso arrebanha-las.
José Elias é todo euforia diante da magnitude da gruta que agora recebia o verde colhido na mata.
Tia Flora...Possessa!
As vacas não lhe obedeciam.Precisava de ajuda.
Um grito pouco amistoso rasga a mansidão da Tarde:
-Zé Eliaaaaasss!!!! Zé Eliaaaaasss!!!
Uma terna resposta ecoa em nosso quintal:
-Tô aqui vó!
Uma pergunta um tanto quanto...Furiosa:
-Aooooonde? Piá de bosta!!!
Uma pérola em resposta:
-Na casa do Thuto!
Estamos quase terminando de armar o "PROCÓPIO" no quintal.
Início dos anos sessenta,uma "leva" de primos,e eu,todos vivendo a plenitude de nossos 8 a 10 anos de idade.
Dentre eles,José Elias,neto de tia Flora,ambos hoje noutra dimensão.
Tocados pelo espírito natalino e tendo observado as decorações nas igrejas do centro da cidade,resolvemos por a mão na massa e criar um presépio no quintal de nossa casa.
Empurramos gaiotas carregadas de pedras durante tôda a manhã.Da mata vieram as avencas,as bromélias,os musgos,as barbas de bode,enfim...Ainda que não dispuséssemos das imagens (isso era elementar,depois daríamosum jeito.Mas,que jeito? rsrs...)e na parte da tarde,depois de "forrarmos" os estômagos,partimos para a edificação do projeto.
Exageros à parte,mas aquilo parecia trabalho forçado em campo de concentração,a edificação das pirâmides do Egito,dado o volume das pedras que,sobrepostas,iam aos poucos formando a gruta tão sonhada.
Ainda que,sob um farto repertório de impropérios,a mesma tivesse despencado várias vezes.
Algumas brigas,algumas teimosias,mas o trabalho em equipe sobressaia e a arquitetura,depois de cada reconstrução, andava nos conformes.
Caras suadas,cansaço...Nada que uma ameixa ,um pêssego ou uma pera,de quando em quando não amenizasse a aridez do processo.
Três horas da tarde.
Momento da ordenha das vaquinhas de Tia Flora.
Algumas já posicionadas de fronte à porteira,outras "nem aí",pastando a serenidade dos potreiros pelas cercanias.Era preciso arrebanha-las.
José Elias é todo euforia diante da magnitude da gruta que agora recebia o verde colhido na mata.
Tia Flora...Possessa!
As vacas não lhe obedeciam.Precisava de ajuda.
Um grito pouco amistoso rasga a mansidão da Tarde:
-Zé Eliaaaaasss!!!! Zé Eliaaaaasss!!!
Uma terna resposta ecoa em nosso quintal:
-Tô aqui vó!
Uma pergunta um tanto quanto...Furiosa:
-Aooooonde? Piá de bosta!!!
Uma pérola em resposta:
-Na casa do Thuto!
Estamos quase terminando de armar o "PROCÓPIO" no quintal.