SE TODO DUELO FOSSE ASSIM...
Ontem eu me vesti de coragem e fui ao shopping duelar. Nesses últimos dias de dezembro o que fazemos é pelejar bravamente por lá. É uma ilha com gente espalhada por todos os lados. Gente com sacolas, gente sem sacolas, filas intermináveis para a criançada tirar foto com o Papai Noel, filas gigantes pra trocar as notas por cupons para o sorteio de casas e de carros, fila nas lojas pra pagar os presentes comprados, fila pra almoçar, lanchar, pra tomar sorvete, fila pro banheiro, filas, filas e mais filas. Meu pai, que loucura!
No meio dessa agitação toda e depois de tanto andar e de tanto entrar e sair de lojas, eu finalmente consegui sentar num banco em frente a uma casa de cosméticos. O problema é que nem deu pra descansar e nem apreciar a vitrine à minha frente, pois tinha tanta gente pra lá e pra cá passando por mim que tive que fazer uma ginástica maluca a fim de abrigar os pés embaixo daquele banco. Eu corria sério risco de levar um pisão e, por causa disso, ficar durante as festas de final de ano quietinha em casa me recuperando e só assistindo os filminhos na TV. Ah, nem pensar!! Imaginando essa possibilidade e já tão cansada, voltei pra casa sem ter feito tudo o que eu me propus a fazer.
- Não tem importância, pensei. "Amanhã eu volto lá, mas vou colocar uma armadura medieval para aguentar a guerra e todas as investidas contra mim, venham de onde vierem". Que coisa! Quanto masoquismo!! Mas o que vale é a intenção de presentear a quem eu amo e a quem eu quero bem, embora saiba que o verdadeiro espírito do Natal seja ver Jesus nascer novamente dentro do coração da gente e semear o amor ao próximo. Com ou sem duelo, Viva o Natal!!!
(Glaucia Ribeiro Lira)