METENDO A MÃO NA FERIDA, OU SENDO O ADVOGADO DO DIABO

METENDO A MÃO NA FERIDA, OU FAZENDO-SE DE ADVOGADO DO DIABO...

o sistema de representação é falho, sobretudo em seu financiamento, que coloca de quatro à iniciativa privada, a fazer do que é público uso próprio. Acontece que não conseguimos fazer uma campanha, mínima que seja, sem gastar dinheiro. Se levarmos em consideração a extensão territorial nacional, continental, então é impossível mensurar tal empreitada sem alguns milhões na mão.Percorrer este país, só mesmo de avião. Será isso que aprisiona os políticos, a defesa de sua sobrevivência política sujeitando-se a "ajudas" de grupos empresariais em trocas de favores do Estado ? Possivelmente. Quando genericamente falamos que o "sistema" corrompe não deixa de ser verdade. Afinal, ninguém investe sem retorno, principalmente na iniciativa privada, e, se o fazem em agentes públicos, convenhamos, os querem tê-los à mão.

O Estado é o mais cobiçado cliente de grandes corporações empresariais, responsável que é por investimentos vultosos, ambicionados por todos. Resta sabermos como financiar uma campanha sem ajuda escusas, haverá na sociedade consciência de que a representação tem custos ? Ou como convencermos cidadãos, desprovidos de saúde e educação de qualidade, de que o orçamento deve comportar, sob a rubrica de despesas, o financiamento público de campanhas ? É uma questão a ser enfrentada sem demoras, após uma bem feita reforma política com o expurgo de tantas siglas inexpressivas e custosas ao erário. O eleitor passará, oficialmente, a ser o responsável pelas despesas de seus escolhidos em suas campanhas, nada mais adequado, ou menos arriscado.