ABC de Bariloche

a) Esquiar é a coisa mais chata que alguém pode fazer em Bariloche. Sem desmotivar quem sonha em deslizar montanhas nevadas em alta velocidade, brasileiro não nasceu para esquiar; e um ou dois dias de “aula” não são o bastante para consertar essa inabilidade genética. Felizmente, há opções divertidas e menos propensas a tombos nos “Cerros” (“colina” em espanhol - as tais estações de esqui). Caso a quantidade dessa substância exótica que chamam de neve seja suficiente, os infantis bonecos e anjinhos aparecem como as atividades mais divertidas e diferentes para serem feitas a 1030m de altitude e –8 graus centígrados.

b) Descendo a montanha e indo para a cidade em si, Bariloche poderia muito bem estar localizada no velho mundo. A atmosfera da cidade remete-nos à Europa, assim como o sabor dos chocolates artesanais e as temperaturas próximas do PF da água. Essa combinação aliás – quitutes apetitosos e frio – é o maior atrativo do lugar, pelo menos para nós, brasileiros. Afinal, onde em nosso país podemos nos encher de casacos, gorros e o escambau, bater perna pelo centro e terminar o passeio com um chocolate quente e alfajor junto ao calor de uma lareira? Isso sem mencionar que a tal caminhada pode acontecer à margem do lago Nahuel Huapi – cuja área é de 550 m2 e cuja beleza é estonteante.

c) A propósito, as paisagens da redondeza são um capítulo à parte. Se a do Nahuel Huapi é de cair o queixo, as do passeio Circuito Chico são de deslocar o maxilar. Aconselhado para o primeiro dia por dar uma noção da região aos visitantes, o tal passeio serpenteia por vales e colinas e proporciona talvez a melhor vista da sua vida até então – paisagens dignas de papel de parede do Windows.

bbc
Enviado por bbc em 30/07/2007
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