M a r i o l a

Sempre fui maluco por doces. Toda qualidade de doces. Em corte oubem calda, de qualwuer forma, inclusive rapadura e as "batidas". Só o pudim era o hours concours no meu ranking de doces, porque sempre o considerei um "maná dos deuses". Babo quando vejo o danado envolto naquela calda e com as ameixas em volta.

Além do doce de leite e de batada, eu me amarrava na goiabada e bananada. Empate entre as duas, sempre fiquei em cima do muro em relação às duas. Hoje, devido à dieta braba, não degusto mais essas maravilhas, e rejeito a versão diet, acho um simulacro, horrível. Mas, escondido da família, quando passo numa lanchonete e vejo o pecado, digo o pudim, como uma porção.

Mas se alguém me perguntar qual o doce que mais lembra a minha infância e que eu sempre fui arriado chorão por ele, eu respondo na hora que nem caldo de cans: a MARIOLA. Sim, mariola, aqueles tabletes feitos de banana ou goiaba seca e salpicados de açúcar que vinham entolados em papel, pequeninhos, tinham alguns centímetros. A melhor mariola era a de Belo Jardim que foi, inclusive, cognominada de Terra da Mariola. Mas as fabricadas em Bezerros também são muito boas. Adorava devorar uma meia dúzia delas e depois beber um caneco d'água molhando a caixa dos peitos.

A mariola tem o gosto da infância. Quando passo no Mercado da Encruzilhada sempre, escondido da família, degusto algumas mariolas e o véio se sente por alguns momentos, uma criança que era feliz e não sabia, mas gostava paca de mariola. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 18/12/2016
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