J u l g a r

Várias coisas me apavoram. Uma delas tanto quanto o medo e pavor que tenho de almas do outro mundo. Refiro-me ao ato de julgar, de participar de qualquer julgamento. Sempre corri léguas deles. Fiz parte, na marra, como jurado em juris na cidade de Pesqueira, o juiz chegava s mandar me avisar que se não comparecesse mandava me buscar debaixo de vara, ou seja, preso.

Sempre descartei participar até de comissão de julgamento de quadrilha de São João. Estou tocando neste assunto e dando graças a Deus por não ser professor, a carreira que mais admiro. Fico imaginando como ficaria desesperado julgando ptovas de alunos, temendo praticar injustças e, pior, sendo responsável pela reprovação de um aluno. Se isso acontecesse eu nunca mais dormiria, ficaria com remorso e dor de consciência.

Sou alérgico a julgamentos, apenas na política exercito as críticas. Quem lê meus desabafos pode até prnsar que eu sou um cara durão. Nada disso, sou mesmo um sujeito meio bunda mole, daqueles que choram vendo novela.

Detesto julgar, exceto na política e assim mesmo com cuidado. Inté.