Corrução na corrupção
A corrupção é coisa antiga, antes da linguagem escrita, já havia pinturas rupestres nas paredes das cavernas, registrando atos de corrupção, como consequência da inveja, da ganância. Os dicionários preservam a palavra vinda do latim, de "corruptio", termo muito falado entre os césares e os senadores romanos, na prática do verbo "corrumpere" que sempre significou: Arrebentar ou fazer arrebentar, estragar, quebrar, romper ou destruir; sentido extensivo a corromper, deteriorar, adulterar, falsificar, alterar para pior; verbo muito próximo a "corruere" com significado de derrubar, golpear, fazer cair e acumular...
O povo sente e compreende essa doença da qual é vítima, sofrendo dores pelo corpo, o que as bactérias e os vírus não entendem enquanto provocadores da moléstia. Por isso, nossa gente pressente na pele o mal que a doença lhe impõe, efeito dessa causa. A lógica é clara: Só se acaba o efeito, tirando-lhe a causa ou susta-se a febre, combatendo-se a inflamação... Assim, milhões de cidadãos, não mais suportando tal enfermidade, apresentaram receita para inibir tal moléstia, ora tomando conta do país. Enviaram proposta aos seus "representantes" para legislarem derradeiro remédio contra esse mal.
Todavia, tais "representantes", a título de "rediscutirem a matéria", retiraram da receita "a substância capaz de inibir o crescimento das bactérias, dos vírus ou de matá-los", alteraram a terapia. Alguém do STF enxergou corrução na corrupção, o que fez o Jornal Correio da Paraíba noticiar : "Fux anula pacote anticorrupção"; o Chefe dos deputados "viu nisso intromissão"; e o do Senado, nova oportunidade para recurso. Entenda-se que o Poder Judiciário não anulou o combate à corrução, mas a aprovação do texto alterado para proteger os legisladores. Valendo a Constituição, a "proposta popular" deve ser votada e não modificada; quem for contra mostre sua cara, mas não fure, no "pacote anticorrupção", buracos de escape...
A corrupção é coisa antiga, antes da linguagem escrita, já havia pinturas rupestres nas paredes das cavernas, registrando atos de corrupção, como consequência da inveja, da ganância. Os dicionários preservam a palavra vinda do latim, de "corruptio", termo muito falado entre os césares e os senadores romanos, na prática do verbo "corrumpere" que sempre significou: Arrebentar ou fazer arrebentar, estragar, quebrar, romper ou destruir; sentido extensivo a corromper, deteriorar, adulterar, falsificar, alterar para pior; verbo muito próximo a "corruere" com significado de derrubar, golpear, fazer cair e acumular...
O povo sente e compreende essa doença da qual é vítima, sofrendo dores pelo corpo, o que as bactérias e os vírus não entendem enquanto provocadores da moléstia. Por isso, nossa gente pressente na pele o mal que a doença lhe impõe, efeito dessa causa. A lógica é clara: Só se acaba o efeito, tirando-lhe a causa ou susta-se a febre, combatendo-se a inflamação... Assim, milhões de cidadãos, não mais suportando tal enfermidade, apresentaram receita para inibir tal moléstia, ora tomando conta do país. Enviaram proposta aos seus "representantes" para legislarem derradeiro remédio contra esse mal.
Todavia, tais "representantes", a título de "rediscutirem a matéria", retiraram da receita "a substância capaz de inibir o crescimento das bactérias, dos vírus ou de matá-los", alteraram a terapia. Alguém do STF enxergou corrução na corrupção, o que fez o Jornal Correio da Paraíba noticiar : "Fux anula pacote anticorrupção"; o Chefe dos deputados "viu nisso intromissão"; e o do Senado, nova oportunidade para recurso. Entenda-se que o Poder Judiciário não anulou o combate à corrução, mas a aprovação do texto alterado para proteger os legisladores. Valendo a Constituição, a "proposta popular" deve ser votada e não modificada; quem for contra mostre sua cara, mas não fure, no "pacote anticorrupção", buracos de escape...