Bicho papão
O código de barras sempre foi para mim assombroso. Barras paralelas de espessuras distintas representando um número ou letra é quase um hieróglifo. Não é exagero, deixamos de lados nossas letras e números para dar lugar a linhas geométricas, que segundo os técnicos é mais “logístico”, ou seja, composto de dinamismo. É fato que essa técnica origina-se para um tipo de ambiente específico: produção fabril, armazenamento de mercadorias, comércio, etc. Mas, há quem diga, que nós humanos carregaremos símbolos assim para nos diferenciar; seremos marcados e essas tatuagens nos identificarão mais facilmente.
Num avanço dessa tecnologia de identificação surgiu o Quick Response (QR), que numa tradução livre é Resposta Rápida. Novamente na intenção de tornar mais ágeis processos de fabricação e distribuição de bens. Mas, é aí que o negócio fica mais assustador, esse novo método não se limita as transações comerciais, o indivíduo comum é inserido nesta mudança de forma sistemática, ele agora é peça integrante, mesmo não sabendo ou não querendo.
Esse novo hieróglifo proporciona uma interatividade quase sem limites. O emissor saberá de todas as preferências do receptor, mapeando suas atividades como consumidor e, também, suas aparições sociais.
A reflexão acima não faz parte de nenhuma teoria conspiratória. Longe de fazer parte de uma filosofia Matrixciniana. Trato-a como qualquer medo infanto-juvenil, nada mais é que um bicho papão para mim.
Tarcísio Oliveira
Mais no blog: www.tardesdesextacomtarcisio.blogspot.com