A integralidade de Jesus
Os mais rigorosos exegetas dos textos bíblicos são unânimes em sustentar que Jesus, após a imolação no Calvário e o enterro sob a lápide, ao terceiro dia, ressuscitou e subiu fulgurantemente aos céus na inteireza corpórea.
Não sem antes passar pelo Templo para se despedir de seus discípulos, seguidores, crédulos e incrédulos. Assim como das Santas Mulheres. Consta em algumas interpretações, largamente difundidas na oralidade, que em meio à resplandescência do Mestre, podiam-se perceber, ainda as cicatrizes da barbárie final que o estigmatizaram na cruz, mãos e pés.
Ato contínuo, sob os olhares arrebatados dos circunstantes, Jesus teria subido aos céus, em pleno triunfo do perdão, da esperança e da salvação sobre o pecado e a toda iniquidade.
E quem não queria estar presente naquela hora - para parodiarmos aqui a bela canção interpretada por Antônio Marcos, em seus tempos de recém convertido, e amigo íntimo do Homem de Nazaré? Eu queria, queria sim.
Algo contudo me perturba e obnubila a mente, para além do esforço dos exegetas: como bom judeu, e que de Mãe judia nasceu, Jesus teve seu umbigo devidamente curado e, mais relevante, foi também circuncidado.
Essas partes integrantes do Mestre dos Mestres, nomeadamente umbigo e prepúcio, embora separadas fisicamente de seu corpo santo, sempre lhe pertenceram, como rezam, convencem e provam, as Escrituras.
Teriam permanecido na terra, ou ter-se-iam juntado, na partida, ao sacro corpo original do Filho de Deus, a quem ainda contestam ateus e judeus?