O RECITAL DE NELSON FREIRE
A convite do nosso filho caçula, Daniel, Dona Mari e eu fomos em sua companhia assistir ao recital do fabuloso pianista Nelson Freire, mineiro de Boa Esperança e mundialmente conhecido.
Vindo a Belo Horizonte para receber o título de Doutor “Honoris Causa” pela Universidade Federal de Minas Gerais, Nelson Freire apresentou-se antes no Teatro Bradesco, no bairro de Lourdes, ontem, quarta-feira, das 20,30 às 22,30 horas, propiciando um espetáculo maravilhoso.
O programa incluía Johann Sebastian Bach (Prelúdio p/órgão em sol menor BWV 535, Prelúdio-Coral “Eu vos invoco, Senhor” BWV 639, Prelúdio-Coral “Vem, Deus Criador” BWV 659, Sonata 31 em lá bemol, op. 110 (Moderato cantábile molto espressivo, Allegro molto, Adadio ma non troppo, Fuga Allegro ma non troppo).
Após essas execuções, intensamente aplaudido, houve um intervalo de quinze minutos, depois do que Nelson Freire retornou ao palco e executou, de Heitor Villa-Lobos, As Bachianas Brasileiras no. 4 com “Prelúdio” (Introdução), Prole do Bebê no. 1, com “Branquinha” (A Boneca de Louça), “Pobrezinha” (A Boneca de Trapo) e “Moreninha” (A Boneca de Massa).
A seguir, Fredéric Chopin com a Sonata no. 3 em si menor, op. 58 (Allegro maestoso, Scherzo – Molto vivace, Largo e Finale – Presto non tanto).
A apresentadora do músico disse que “- Enquanto para nós cada oportunidade de ouvi-lo é de êxtase, para o pianista, contudo, pouco contam as glórias. Intérprete consciente, permanentemente fiel à música, vive com genuína simplicidade seu grande sucesso.”
Terminado o belíssimo espetáculo, Nelson Freire voltou mais de uma vez ao palco, aplaudido com frenesí pelo auditório, assovios e gritos de “Bravo, bravíssimo, maestro!”.
Depois disso e sob muita chuva, o Daniel nos levou até o seu apartamento para saborear um bacalhau e degustar um vinho tinto, sob o olhar tristonho do cãozinho “Boris”, de vez que seu dono, meu neto Tomás e a mamãe Karina, estavam viajando.
Já passava da meia-noite quando retornamos ao nosso lar, de coração leve e espírito renovado, agradecendo a Nelson Freire, um virtuose, ao Daniel e a Deus por todos aqueles momentos dadivosos!...
-o-o-o-o-o-
B.Hte., 15/12/16