O furo dos tubarões voadores de terno e gravata
Boa tarde, meus caros 23 fiéis leitores e demais 36 de quando em vez. Está terminando 2016. Tá, sei, vocês sabem disso. Mas é um bom jeito de começar um texto quando não se tem assunto, com isso vocês vão ter de concordar. Não concordam? Putz, tudo bem, viva a democracia!
Quando eu não tenho um assunto, eu olho para a primeira coisa que eu vejo e escrevo sobre ela. E a primeira coisa que eu agora vejo é um furo numa caixa de papelão que está bem aqui na minha frente. Um furo. O vazio.
(E Estanislau, não foi para o meu "bráulio" flácido que eu estava olhando quando escrevi aquela última crônica, por isso eu não preciso de viagra. Era sobre a morte de um gatinho recém nascido, com uma deformidade, e a minha "impotência" em ajudar. Dai, achei que deixar o texto em branco dava a exata medida de meu sentimento.)
Um furo. E não é um furo industrial, é um furo acidental mesmo, alguém, furou essa caixa com um objeto pontiagudo. Acertaram a caixa. E, como não atravessou-a, sei que não foi tiro. Sou muito inteligente e perceptivo! Ademais, porque alguém daria um tiro numa caixa dentro de uma lan house?
Mas está ali, o furo... O que pode estar entrando e saindo daquela caixa por esse furo? Formigas? Mosquitos? Moscas? Um hotel para insetos, a caixa. Ali eles buscam abrigo para a luz do sol. À noite, ao encerrar o expediente na lan, saem dali para procurar sobras de salgadinho que a gurizada deixa por sobre os teclados dos computadores. Com certeza!
Vou dar um tapa na caixa, para sacanear os mosquitos. Mas e se eu faço isso e eles vem para cima de mim? Não , melhor não, deixa os possíveis hóspedes em paz, né.
Ah, vocês daí do Brasil viram na TV a lista da Odebrecht? Essa não é um furo, mas um ROMBO! E por esse rombo não é só inseto que passa, mas tubarão! Tubarões voadores! Tubarões voadores de terno e gravata, predadores de cédulas, cédulas públicas, petrodólares. E em caixa 2, não caixa de papelão, embora isso seja um papelão!
Daí é deixar furo e dar um rombo. Em vocês.
(O título foi a última coisa que escrevi, antes desse parênteses. Ficou legal, né? Não ficou? Abaixo a democracia!)
PS - Vim hoje escrever, pois amanhã estarei ocupado. Será aniversário de minha avó Mafalda.
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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.
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(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina
Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)