516 ANOS DEPOIS...

Há mais de cinco séculos, intrépidos navegadores de um reino das terras de além-mar, aqui chegaram após meses de uma viagem de sacrifício, com limitadíssimos recursos, mas seu comandante tinha certeza no âmago de sua alma, que as “novas terras” existiam...

Aportaram. Ficaram extasiados e deslumbrados, com as riquezas, que estas terras poderiam conter... Voltaram a seu reino, e contaram ao seu rei, a promissora terra encontrada, e que era preciso um esforço para tomar “posse”, pois as possíveis riquezas poderiam ser incomensuráveis. Foi então que foi comunicado a este rei, que estas terras já tinham habitantes; embora “selvagens”, possuíam tradições e desde a muita tocavam suas vidas; mas seria fácil “domesticá-los”, pois eram “simples e ignorantes”...

O tempo passa célere, outros reinos, para aqui, também aportaram, com sede de posse, mas os primeiros descobridores, faziam um permanente esforço, para fazer daqui o seu segundo reino...

Tempos depois, em face de uma eminente invasão, de outro reino, comandado por um rei arbitrário*, envolvido por extremado espírito bélico... *

Foram então, todos os mandatários, resolveram provisoriamente para aqui se transferirem. A população local não queria acreditar, o próprio rei e sua extensa comitiva, iria fazer deste seu reino, tratamento idêntico aos de além-mar, abruptamente deslocadas para cá... Isto refletiu positivamente na cultura e na economia...

Não muito tempo depois, o patriarca maior teve que voltar, para além-mar, seu milenar reino de origem, porém, alma sensível, seu coração ficaria ligado eternamente a este segundo reino que tanto, amava, deixando o seu filho...

Para surpresa de seu pai, seu filho, proclama a independência, queria um reino independente, que pudesse seguir livremente seu caminho. Com certeza foram dias de euforia e de muita esperança; não mais subordinados as ordens de além-mar, mas dono absoluto de seu destino...

Quase 50 anos depois, o filho do pai que se rebelara, estava completando quase cinco de décadas, governabilidade, com justiça, e dando ao reino, a implantação de avanços tecnológicos, que já havia nos velhos reinos da Europa.

Alguns descontentes achavam que a monarquia era um regime não condizente com a “modernidade”, era preciso mudar, quando então de modo arbitrário, foi imposto o novo regime: Republicano...

Isto parece que não deu tranqüilidade ao reino; que nestes últimos anos tem sido uma sucessão de crises em que, quem sofre mais é povo; enganado em inúmeras vezes, por “salvadores da pátria”, mas que no fundo somente buscavam o poder, e para isto todos os fins justificariam os meios, mesmo que fosse a mentira. Até quando? E realmente teremos um “reino” de paz? Quando o “ser” se sobrepor ao “ter”... 22h37min. Curitiba, 09 de dezembro de 2016 – Reflexões do Cotidiano – Saul

*Napoleão Bonaparte Imperador da França.

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 10/12/2016
Reeditado em 10/12/2016
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