MINHA JANELA

Naquela janela da casa onde nasci, vi muitas estações chegarem. Vi muito , a chuva bater forte no vidro embaçado me fazendo suspirar. Dali daquela janela, muitas vezes esperei o Papai Noel chegar, mas ele procurava outras ruas me deixando curiosa e querendo saber o porquê dele não chegar em minha casa.

Até a vida eu via daquela janela.

Não havia trancas nem grades, a pintura era gasta pelo tempo, mas eu era feliz, tinha pouco, mas hoje vejo que tinha tudo.

Aquela janela pequena, me mostrava mistérios, mas os sonhos vinham como folhas em pleno outono, e eu as apanhava. Cada folha representava uma realização futura . Sei que hoje não existe mais aquela janela verde nem aquela casa. não tem mais o amor de vó, a companhia da mãe, a chegada do pai e dos amigos a passarem por aquela rua estreita.

Não sei como voltar lá, mas confesso que hoje, eu queria estar naquela janela.

Só um pouquinho....

Carmem Regina Oliveira
Enviado por Carmem Regina Oliveira em 09/12/2016
Reeditado em 09/12/2016
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